A Primeira Liga vai sair do papel. Pelo menos é o que garantiu o diretor executivo da Liga Sul-Minas-Rio, Alexandre Kalil, que atendeu os jornalistas após a reunião dos clubes participantes nas Laranjeiras, nesta quinta-feira. O ex-presidente do Atlético-MG aproveitou para anunciar que Mário Celso Petraglia, presidente do Atletico-PR, e Gilvan Tavares, mandatário do Cruzeiro, vão auxiliá-lo na administração da Liga. Segundo o dirigente, por conta do tempo curto, a competição ainda não será da maneira que eles esperam.
– Eu indiquei o nome do Mário Celso Petraglia para dividir as funções da presidência da Liga com o Gilvan. Para mim, como executivo é ótimo. O importante é que temos um produto consolidado. Hoje nos reunimos aqui para resolver pequenos detalhes. Já temos preços, pontos definidos, e isso é um passo importante. Valeu muito essa reunião, diria até que uma assembleia, para o fortalecimento deste produto. A Liga vai sair. Emergencialmente em 2016 e espetacularmente em 2017 – disse Kalil.
Kalil também falou sobre a possibilidade de alguma liminar impedir a realização da Primeira Liga. Segundo o diretor executivo, esta preocupação não é um problema para os clubes.
– Liminar pode ter para o Carioca, Copa do Brasil, Brasileiro. Nossa filosofia é de construir. Tem site no ar, regulamento e tabela publicados. Isso é difícil de fazer. Entrar na Justiça qualquer pé de chinelo, Zé Ninguém pode entrar – explicou.
Entretanto, um assunto ainda promete dar o que falar antes de a bola rolar: cotas de TV. Segundo o ex-presidente do Atlético-MG, o Flamengo será o clube com maior verba a receber. No entanto, até o momento, nada foi decidido oficialmente porque a competição não fechou com nenhuma emissora.
– Toda liga do mundo que eu conheço tem clube que recebe mais. Na Liga Inglesa, o Liverpool recebe mais. O Flamengo é o que deve receber mais, isso é natural. É óbvio. Não estamos inventando roda, mas copiando roda. Estamos usando um pay-per-view existente. Quem é o primeiro, segundo, terceiro... É óbvio que o Flamengo é o clube que mais vai receber da Liga, como Fluminense, Atlético-MG e Inter vão receber mais do que o Criciúma, por exemplo. Vamos fazer um negócio bacana e justo, como todo mundo quer, sem essa discrepância que deve acontecer no Campeonato Brasileiro.
Pensamento diferente tem o presidente do Fluminense, Peter Siemsen. Segundo o mandatário das Laranjeiras, o clube vai lutar pela igualdade das verbas.
– Não foi decidido, e o Fluminense vai lutar para que sejam iguais para todos – sentenciou.
Vão participar da primeira edição da Liga Sul-Minas-Rio os cariocas Fluminense e Flamengo, os mineiros Atlético, América e Cruzeiro, os paranaenses Atlético e Coritiba, os gaúchos Grêmio e Inter e os catarinenses Chapecoense, Avaí e Figueirense.
*LANCEPRESS