O Fifagate parece não ter fim. Depois de alcançar alto dirigentes intimamente ligados ao andar superior da Fifa, como o uruguaio Eugenio Figueiredo, o brasileiro José Maria Marín, o francês Jérôme Valcke, entre outros, o maior escândalo da história do futebol mundial toca diretamente o presidente Joseph Blatter.
A Procuradoria-Geral da Suíça abriu uma ação criminal contra o dirigente suíço, que pode ser afastado do cargo. Existem fortes suspeitas de que Blatter agiu "contra o interesse da Fifa" ao firmar um contrato em 2005 com a Federação Caribenha de Futebol. Na década passada, a federação tinha Jack Warner na liderança. Warner já foi capturado pelo FBI.
Os problemas não pararam por aí. Não terminaram nem com a demissão de Jérôme Valcke, secretario geral da Fifa, afastado dias atrás, mais um acusado de corrupção. A Justiça da Suíça acredita que Blatter tenha feito um "pagamento indevido" de R$ 10 milhões em nome da Fifa ao francês Michel Platini em 2011.
O ex-craque francês, presidente da Uefa, que cuida do futebol europeu, é o possível sucessor de Blatter no ano que vem. É o favorito na eleição presidencial de fevereiro de 2016. É apoiado por europeus, especialmente, e pela Conmebol, que sempre vota em bloco nas eleições da Fifa. A CBF está com Platini.
Platini e Blatter são muito próximos. O francês sempre teve as portas abertas na sede da Fifa em Zurique. Nesta quinta-feira, o francês participou da reunião do comitê executivo da Fifa. Falou sobre o futuro:
- Temos que cuidar do jogo, não da política. Comigo trataremos de futebol, não haverá política. Há muita gente boa no Comitê Executivo, só alguns são corruptos. Se alguém fez algo de incorreto, tem que ser responsabilizado.
Nesta sexta-feira, Platini recebeu um golpe da Justiça. Antes, a imprensa francesa o acusou de ajudar o Catar na escolha da sede da Copa do Mundo de 2022. Ele nega.
*ZHESPORTES