O Brasil segue sonhando e apostando alto com os Jogos Olímpicos Rio 2016. Os objetivos estão traçados e o investimento está sendo feito. Porém, um alerta foi ligado nos últimos meses em algumas modalidades consideradas chave.
No Pan de Toronto, o atletismo ganhou apenas uma medalha de ouro e não passou de 13 medalhas contra os 10 primeiros lugares de um total de 33 pódios em Guadalajara, quatro anos antes. Logo depois veio o Mundial de Pequim e somente Fabiana Murer conseguiu uma medalha de prata, no salto com vara.
Também em Toronto, o judô teve um resultado abaixo de suas possibilidades, apesar de ganhar cinco ouros e trazer 13 medalhas em 14 categorias em disputa. Sim, faltaram mais ouros para um esporte que está entre os principais do mundo. No recente Mundial de Astana, foram apenas dois bronzes.
E ainda temos o vôlei masculino, que está em processo de renovação e com Bernardinho ainda buscando um time ideal. Sediamos as finais da Liga Mundial e a Seleção não conseguiu ser semifinalista. No Pan, o chamado time sub-23, que foi mesclado com alguns mais rodados, não apresentou grandes novidades.
Com estes exemplos quero dizer que: são três modalidades em que o Brasil precisa ter mais atenção. Para 2016, não vejo nada a curto prazo que melhore o desempenho do atletismo. No judô, algumas correções de rumo e método podem dar mais resultados e no vôlei, será necessário voltar a ter um jogador decisivo, como foram Renan dal Zotto, Marcelo Negrão, Tande, Nalbert e Giba, por exemplo.
Só para lembrar que o COB quer o Top 10 e, para isso, qualquer medalha será bem vinda. E tradicionalmente as competições olímpicas chegam a ter nível mais elevado que mundiais. Por tanto, é hora de acertar detalhes.
*Texto publicado na Zero Hora desta sexta-feira