Um ano depois do vexame na Copa do Mundo em casa, a seleção brasileira faz neste domingo sua estreia na Copa América, contra o Peru, em Temuco, na primeira partida oficial da nova era Dunga.
Desde que voltou ao comando da amarelinha, depois de uma primeira passagem entre 2006 e 2010, o capitão do tetra ostenta 100% de aproveitamento em dez amistosos, com 21 gols marcados e apenas dois sofridos.
Dunga, que já foi campeão da Copa América duas vezes como jogador (1989 e 1997) e uma como treinador (2007), tem no Chile seu primeiro teste de fogo, com a difícil missão de reconquistar a torcida, ainda assombrada com o fantasma do fatídico 7 a 1 contra a Alemanha.
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- A Copa América é uma das competições mais difíceis do mundo. Vale lembrar que o Brasil ficou quase 40 anos sem vencer. Ganhei duas como jogador, uma delas em La Paz, na altitude. Isso é para poucos - gabou-se o treinador.
Mesmo assim, apesar dos bons resultados recentes em amistosos, fato é que o prestígio da seleção pentacampeã mundial já não é mais o mesmo.
-O Brasil já não é o monstro de antes, não é invencível - provocou o zagueiro Peru Carlos Zembrano em entrevista à televisão peruana.
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Velhos conhecidos
Azarão do grupo C, o Peru parece condenado a brigar pelo terceiro lugar com a Venezuela, atrás dos favoritos Brasil e Colômbia.
Para contrariar as previsões, a seleção comandada pelo ex-técnico do Palmeiras Ricardo Gareca aposta justamente num jogador que vem dando o que falar nos dois clubes mais populares do futebol brasileiro, o atacante Paolo Guerrero, ídolo do Corinthians, recém-contratado pelo Flamengo.
O jogador de 31 anos foi o artilheiro da última edição, na Argentina, com cinco gols marcados na campanha histórica do seu país, que chegou à semifinais da competição.
Os torcedores rubro-negros, inclusive, têm um motivo extra para secar o Peru: o atacante só poderá fazer sua estreia no Brasileirão quando a seleção andina será eliminada na Copa América.
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Dunga convocou apenas cinco jogadores que atuam no país (Jefferson, Marcelo Grohe, Elias, Geferson e Robinho), mas conta com um craque que já brilhou muito em campos brasileiros: Neymar.
A vez de Neymar
O craque do Barcelona ganhou a braçadeira de capitão com a chegada do treinador e foi o grande protagonista das dez vitórias seguidas em amistosos, marcando oito dos 21 gols da seleção.
O ex-santista chega embalado ao Chile, com a conquista da "tríplice coroa" (Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol e Copa do Rei) com o clube catalão.
- Vamos sufocar Neymar. Não daremos nenhum espaço. Não podemos deixá-lo pensar, porque é um jogador muito rápido - avisou o zagueiro peruano Carlos Ascues.
A última vez que Brasil e Peru se enfrentaram na Copa América foi em 2001, na Colômbia, com vitória por 2 a 0 da canarinha.
O último confronto foi em 2009, já sob comando de Dunga, nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. Outro triunfo brasileiro, por 3 a 0, no Beira Rio, com dois gols de Luis Fabiano e outro de Felipe Melo.
No retrospecto geral, o Brasil leva ampla vantagem, com 27 vitórias em 39 jogos.
* AFP