A poucos dias da assembleia geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que ocorreu em 11 de junho, foi difícil conseguir falar com Delfim Pádua Peixoto Filho, um dirigente sempre atencioso com a imprensa e que quase nunca foge de uma entrevista. Presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF) há 30 anos, ele trabalhava intensamente nos bastidores para não levar um golpe, como definiu a manobra do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, para mudar o estatuto da entidade e evitar que Delfim assumisse a presidência em caso de renúncia. Hoje, se Del Nero sair de cena, quem assume é o vice mais velho. Esse seria José Maria Marin. Porém, ele está preso na Suíça, afastado da CBF e possivelmente não voltará mais. Em seguida, o mais idoso é Delfim, com 74 anos.
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A alteração no documento tentaria evitar que Delfim assumisse. E ela parecia garantida. Mas, habituado desde sempre com a política, não seria de qualquer forma que o dirigente catarinense chegaria à assembleia geral da CBF. O assunto nem foi debatido na pauta oficial, porque antes mesmo de começar a reunião o presidente da FCF já tinha conseguido 16 votos a seu favor. Na verdade, foram 10 votos conquistados pela habilidade e argumentação de Delfim. Os outros vieram de "brinde".
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