Não se pode negar que o preparador físico Paulo Paixão, campeão no Grêmio, no Inter e na Seleção Brasileira tem história. O profissional conversou com Filipe Gamba e dividiu um pouco da sua experiência no Sábado Esporte deste final de semana.
Paixão começou sua trajetória no futebol gaúcho em 1995, no Grêmio, onde trabalhou até o ano seguinte. Seu primeiro retorno ao clube ocorreu no ano 2000 e durou duas temporadas. Em 2005 teve sua primeira passagem pelo Internacional, que resultou no título da Libertadores da América e do Mundial. Dez anos depois, o preparador voltou a trabalhar pelo tricolor, onde permaneceu até o final de 2012, quando retornou ao colorado e foi demitido junto ao técnico Dunga.
Atualmente sem clube, o multicampeão sabe que ficou devendo em sua última passagem pelo Internacional, quando o Beira-Rio estava em reformas, a estrutura para o trabalho estava prejudicada e os jogos eram sempre em estádios alugados.
"Foi uma passagem, que em termos de trabalho, tivemos que nos superar muito. E esta superação fez com que o Inter se mantivesse na primeira divisão, todos abraçaram essa questão. Mas com o estádio que tem hoje, teria sido outra coisa", analisou.
Paixão também tem passagens vitoriosas pela seleção, como a de 2002, mas também passou por situações adversas. Na Copa do Mundo de 1998, segundo ele, a derrota para a França passou pela convulsão de Ronaldo Nazário.
"Eu vi o Ronaldo no treinamento e falei que não perderia por nada esta Copa do Mundo, você sabe quando a coisa está legal. O time estava voando. Fui dormir, acordei, fui pro campo e ouvi uma gritaria. Quando entrei, a imagem era do garoto de cabeça baixa babando. E eu, que sou altamente positivo, pensei na hora: Eu não acredito", contou.
Para o preparador, que estava presente na Copa do Mundo do ano passado, a história se repetiu. Ele acredita que na campanha de 2014 o time brasileiro evoluía a cada jogo, estava subindo de produção não só na parte física, mas na técnica também. A lesão de Neymar foi o principal motivo para a derrota do Brasil para a Alemanha.
"Eu, internamente sabia que íamos chegar de novo, que seríamos campeões. Aí jogamos contra a Colômbia e o nosso melhor jogador sofre uma agressão daquelas. Não tinha que ser. Todos passaram a não respeitar mais o Brasil. O respeito do Brasil hoje é o garoto ali na frente. Eu duvido que se o Neymar estivesse no jogo, a Alemanha teria vindo da forma que veio", disse.
Ouça a entrevista completa com Paulo Paixão!