As torcidas organizadas do mundo inteiro ganharam mais um poderoso adversário, único terráqueo que tem contato direto com o Céu, o papa Francisco. O Sumo Pontífice fala sobre futebol com a mesma naturalidade com que toca nos assuntos da Cúria Romana. É argentino. Política, futebol e religião fazem parte da mesma conversa em todas as famílias do país.
- Son esas salvajadas propias de la persona que la pasión lo desborda, y también la prepotencia y la no sociabilidad. Es lamentable que existan cosas como las barrabravas - falou no microfone da rádio La Voz del Pueblo, da cidade de Tres Arroyos, na Argentina.
E continuou, desde o Vaticano, onde passou o penúltimo domingo de maio:
- Es lamentable que en nuestro pueblo existan cosas como las barrabravas, aunque en otros países también existen. Acá en Italia también hubo problemas entre barrabravas, que no necesariamente luchan por el club, la mayoría son mercenarios. Es lamentable.
Francisco lembrou dos seus tempos de torcedor do San Lorenzo, em Buenos Aires:
-- Yo viví el tiempo del fútbol amateur, en la campaña del 1946 yo tenía 9 años y siempre iba a la tribuna, nunca a la platea. Lo peor que se le decía al árbitro era vendido, infeliz, idiota, y de ahí no subía. O patadura a alguno que no había agarrado bien la pelota, o dormido
No es esa catarata tan colorida de insultos de ahora. Ha cambiado el ambiente y es lamentable.
As barras bravas da Argentina formam uma máfia. Achacam jogadores, pressionam dirigentes, dominam os entornos dos estádios, ninguém vende nada se não pagar pedágio. Roubam e matam. São protegidos por políticos que, por sua vez, ganham apoio nas eleições. Os bandidos mandam no futebol argentino. Os clubes são reféns.
Será assim no Brasil em muito pouco tempo.
*ZHESPORTES
Opinião
Luiz Zini Pires: Papa Francisco critica torcidas organizadas no futebol
Luiz Zini Pires
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