Anderson Silva deve ficar, pelo menos, seis meses longe do octógono e ainda ter de pagar multa em dinheiro. A punição, ainda não confirmada pela Comissão Atlética de Nevada, deve-se pelo lutador brasileiro ter testado positivo no uso de drostanolona, androsterona e 17-Diolum, esteroides anabolizantes, que melhorariam sua performance, em exame realizado no dia 9 de janeiro.
Spider pediu a contraprova do exame, o que pode adiar a decisão oficial da entidade para os próximos dias. Nesta quinta, Dana White, presidente do UFC, confirmou que o brasileiro segue como treinador do TUF Brasil 4 enquanto durar o processo de avaliação do caso pela Comissão Atlética de Nevada.
Ainda que esta seja uma decisão específica de uma comissão atlética, Anderson, possivelmente, não será autorizado a lutar em nenhum outro Estado. Isso porque estas entidades agem em conjunto e, por vezes, podem punir o UFC por descumprimento. Um caso semelhante é justamente o do adversário de Anderson Silva no dia 31, em Las Vegas. Nick Diaz, também pego no antidoping por uso de maconha após a derrota para Spider na madrugada do último sábado, havia pedido a licença para lutar na Califórnia pelo Strikeforce. Não foi autorizado em função de o lutador americano estar impedido por outra comissão.
Outro caso que deve confirmar o afastamento temporário de Anderson é a situação de Wanderlei Silva. Banido pela Comissão Atlética de Nevada por ter fugido de um exame antidoping surpresa, Wand não deve mais lutar em qualquer outra região dos Estados Unidos.
Relembre outros casos de doping no UFC:
Jon Jones: testou positivo para cocaína semanas antes de disputar o cinturão, no fim de 2014
Chael Sonnen: teve três exames com resultados positivos, em 2010 e 2014
Vitor Belfort: dois testes positivos, em 2006 e 2010, para hidroxitestosterona e TRT
Cris Cyborg: a lutadora teve resultado positivo para estanozolol em 2011
Alistair Overeem: flagrado com excesso de epitestosterona em exame antes de disputar o cinturão, não lutou contra Júnior Cigano
Wanderlei Silva: fugiu de um teste surpresa e anunciou sua aposentadoria em 2014
Antônio Pezão: teve dois testes positivos, em 2008 e 2013, para boldenona e TRT
Rousimar Toquinho: em 2012, testou positivo para excesso de testosterona após uma derrota
Royce Gracie: o brasileiro testou positivo para nandrolona em 2007
Nick Diaz: além de ter sido flagrado após a derrota para Anderson Silva, testou positivo para maconha mais duas vezes, em 2007 e 2012