Muitas vezes tratei deste tema recorrente chamado portões fechados nos treinamentos. Nestas breves linhas, pretendo acrescentar outro argumento que, imagino, não encontrará contestação. Os clubes descobriram, recentemente, a importância de possuir grandes quadros sociais.
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Trata-se de uma renda adicional que antes quase não existia, mas que já se transformou em um acréscimo significativo na formação das receitas dos clubes. Já existem casos em que a receita social já emparelhou e até ultrapassou o que os clubes recebem da televisão.
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Esta nova realidade impõe que seja aprimorada a relação entre clube e seus consumidores. É preciso atrair sempre mais o torcedor para o estádio, seja nos jogos ou em simples passeios. São ocasiões magníficas para transformar o simpatizante em associado da entidade.
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Se eu fosse presidente de Inter ou Grêmio, chamaria os torcedores para assistir aos treinamentos dos times e aproveitaria para convidá-los a se associar. Em pouco tempo seriam milhares de visitantes tendo o privilégio de ver treinos dos jogadores e tornando-se sócios até por gratidão.
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O torcedor entende quando existe a necessidade de o treinador fechar os portões. Estas, entretanto, devem ser ocasiões especiais, antes de clássicos, decisões ou grandes jogos. Nestes momentos, bastaria o clube avisar pelos meios de comunicação que em determinado dia não seriam liberados os portões.
Mas, por favor, fechar portões em treinamentos de pré-temporada? Mais do que nunca, os quadros sociais se tornarão sustentáculos dos clubes. É preciso atrair e agradar ao cliente.