Patrícia Moreira, torcedora envolvida em ato racista contra o goleiro Aranha, do Santos, passará a integrar a Central Única de Favelas (Cufa-RS) a partir da próxima segunda-feira (22). De acordo com a nota publicada no site da Cufa, publicada nesta sexta-feira (18), ela foi integrada à entidade pois, mesmo envolvida em uma situação de injúria racial durante uma partida de futebol, teve sua residência queimada e chegou a receber ameaças de morte.
Ela realizará um curso de educação racial e formação social. Durante a atividade, a torcedora será apresentada a autores como Oliveira Silveira, Abdias do Nascimento, Elisa Lucinda, Nelson Mandela, Martin Luther King e Malcom X, além de publicações nacionais como Cabeça de Porco de Celso Athayde e MV Bill. Na publicação, a Cufa afirma que o objetivo da iniciativa é orientá-la socialmente e racialmente sobre os problemas e efeitos colaterais de atitudes racistas em nossa sociedade.
"A Cufa-RS acredita que Patrícia Moreira também é consequência de anos de descaso com a história e cultura negra. O não cumprimento da Lei 10.639 faz com que muitos jovens, como Patrícia, não conheçam o valor da pele negra e sintam-se à vontade em proferir palavras racistas. A entidade entende também, que é de extrema importância que Patrícia responda por seu erro perante a justiça. Porém para nós é mais importante que ela adquira consciência e promova o respeito"