Maior cidade da América Latina, São Paulo viveu a Copa do Mundo de diversas formas. A cidade jamais parou em virtude do Mundial, e manteve seu ritmo acelerado e dinâmico, mas em dias de jogos era perceptível o envolvimento de todos.
Por ser acostumada a receber muitos turistas, a cidade de São Paulo reagiu e agiu normalmente em relação aos visitantes que por ela passaram em virtude da Copa. Do jogo de abertura entre Brasil e Croácia à semifinal entre Argentina e Holanda, a Arena Corinthians, localizada no bairro de Itaquera, teve em média mais de 62 mil espectadores por partida.
São Paulo viu a sofrida estreia brasileira contra a Croácia, mas também assistiu a uma das melhores atuações individuais da Copa: o uruguaio Luis Suárez voltou aos gramados, pouco mais de 40 dias depois de uma cirurgia e fez dois gols na vitória da Celeste Olímpica sobre a Inglaterra. Se não tivesse cometido a grave falta de morder o italiano Chiellini, com certeza Luisito seria lembrado pela grande partida diante dos ingleses.
Foi no Itaquerão que a Argentina sofreu para vencer a Suíça, com um gol de Di María, na prorrogação, depois de uma jogada genial de Lionel Messi. Nesse mesmo jogo, os hermanos viram uma cabeçada suíça acertar a trave de Romero no último instante do jogo. Aliás, na mesma meta, o goleiro argentino defenderia duas cobranças de pênalti da Holanda e garantiria a classificação de sua equipe para a decisão da Copa do Mundo.
A Fan Fest de São Paulo não foi um estrondoso sucesso, como em outras cidades. Porém, ela teve uma forte concorrente: o bairro boêmio de Vila Madalena, que foi palco de muita festa, encontro de torcidas, alegrias, tristezas, romances e, até de cenas de violência em alguns momentos. Enfim, São Paulo recebeu a Copa como uma grande cidade, mas não apresentou aquela química sentida pelos gaúchos, por exemplo.