A Capital federal é uma cidade fria por natureza. Não sob o aspecto do clima, é claro, pelo contrário. E talvez essa frieza que mantém as pessoas um pouco distantes umas das outras tenha impactado na percepção dos turistas sobre a cidade. Era comum ver os estrangeiros comparando Brasília com outras sedes que já haviam visitado e concluindo que a cidade destoava um pouco no que diz respeito à alegria do povo nas ruas. Em Brasília praticamente não há povo nas ruas, e sim carros nas ruas. Mas nada que pudesse comprometer a organização da Copa.
Tudo funcionou bem, desde o moderno aeroporto, recentemente ampliado e modernizado e que atendeu os passageiros sem problemas. A rede hoteleira da cidade comportou bem os turistas. E o estádio Mané Garrincha é um dos maiores do Brasil. Bem localizado, tem acesso amplo e muito fácil. O problema talvez seja justamente o tamanho. Assim como em Cuiabá, em Brasília não há times com expressão. Aliás a expressão "elefante branco" se enquadra perfeitamente com o palco do futebol local.
Brasília recebeu entre outros países, a Colômbia e a Argentina, que fizeram a festa com vitórias e boas atuações. Mas também recebeu o jogo que os brasileiros não queriam: a decisão de terceiro lugar com a presença do Brasil e ficou com a imagem do último vexame da seleção na Copa. Mas não seria exagero afirmar que, para o bom andamento da competição, a Brasília da Copa funcionou. E bem.