16 de julho de 1950, Estádio Maracanã, Rio de Janeiro: Brasil 1x2 Uruguai.
8 de julho de 2014, Estádio Mineirão, Belo Horizonte: Brasil 1x7 Alemanha.
63 anos e 357 dias separaram a Seleção Brasileira de suas duas maiores tragédias em Copas do Mundo. Seis décadas atrás, o escrete canarinho abarratou o Estádio Maracanã com quase 200 mil torcedores na final diante do Uruguai. Comandada por Ademir e Zizinho, a geração verde e amarela viu o sonho do inédito título em casa se transformar em pesadelo após dois gols de Alcides Ghiggia. Hoje, não era final, mas foi ainda mais doloroso. Contra a Alemanha, os comandados de Luiz Felipe Scolari assistiram a um verdadeiro passeio no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte. O 7 a 1 sofrido na tarde desta terça-feira (8) traz consigo uma série de recordes negativos. Trata-se da maior goleada em semifinais de um Mundial. É, também, a derrota sofrida pelo Brasil com placar mais elástico.
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A decepção e a perplexidade tomaram conta das arquibancadas. Com 30 minutos da etapa inicial, os pentacampeões já estavam sendo goleados por 5 a 0. O intervalo surtiu pouco efeito sobre o brio dos jogadores. No segundo tempo, mais dois gols dos alemães. O enérgico Felipão nem procurou explicar o incompreensível. O treinador preferiu assumir a culpa pelo insucesso e resumiu os 90 minutos como o pior dia de seus quase 70 anos de vida. As lágrimas de 23 atletas se transformaram no choro de 200 milhões de brasileiros. Definitivamente, o Mineirazo parece ter sepultado o Maracanazo.