Sem fugir à maioria das previsões feitas antes da Copa, que as colocavam como favoritas, Alemanha e Argentina decidem neste domingo (13), às 16h, quem passa a ser a dona do mundo do futebol por quatro anos. Pela primeira vez, uma final de Mundial reúne as mesmas seleções pela terceira vez.
Até agora igualdade. Os argentinos de Maradona ganharam de 3 a 2 no México em 1986. Quatro anos depois, uma revanche na Itália e vitória dos alemães de Mathäus por 1 a 0, com um gol de pênalti que até hoje é contestado.
Veja a tabela dos jogos da Copa do Mundo
Confira a repercussão internacional do Mundial no RS
Valeu, Porto Alegre: veja 15 momentos da Copa na Capital
O Maracanã será palco do tira-teima. Ou um tetracampeonato atravessa o Atlântico para festejar na Europa, ou um tri faz parar Buenos Aires e cria em estradas e aeroportos brasileiros romaria festiva voltando para casa. A Alemanha pode se tornar o primeiro europeu a ser campeão na América. A Argentina delirará dobrado se o título sair exatamente na casa do maior rival.
Os dois times chegam para a decisão indefinidos, mas encaminhados. Na Alemanha, Joachim Löw pode até fazer um pequeno mistério com as condições físicas de Schweinsteiger, que treinou ontem com uma proteção no joelho, ou com as dores referidas pelos zagueiros Boateng e Hummels. No ataque, desta vez não se tem muitas dúvidas com o recordista Klose definido como titular.
Os argentinos criam suspense com um dos principais jogadores do time, Di Maria. Ele foi dado como fora da Copa após o jogo contra a Bélgica, mas se recupera espantosamente da lesão muscular na coxa direita e treinou bem na véspera da decisão no estádio de São Januário. Isto não o garante no início do jogo, mas ajuda a deixa-lo como importantíssima opção para o treinador Alejandro Sabella.
Num clássico mundial, o respeito é mútuo. O técnico argentino fala em jogar “sem erros” para ganhar. Seu colega alemão Joachim Löw responde valorizando o adversário como um todo e garantindo: “Messi é um jogador excepcional, mas a Argentina não é só Messi”.
Entre os jogadores a declaração que mais chamou a atenção foi a do meio-campista Schweinsteiger ao elogiar seu rival, o volante Mascherano: “Ele está jogando muito. É como se fosse o líder de uma matilha de lobos, pronto para atacar em nome da defesa de sua área”.
A Final
Alemanha x Argentina
Domingo (13/07) - 16h - Estádio do Maracanã - Rio de Janeiro
Alemanha: Neuer, Lahm, Boateng , Hummels e Höwedes; Schweinsteiger, Khedira e Kroos; Müller, Klose e Özil
Argentina: Romero, Zabaleta, Garay, Demichellis e Rojo; Mascherano, Perez e Biglia; Messi, Higuaín e Lavezzi
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)