Desde as primeiras horas da manhã deste domingo (8), torcedores colorados se revezam em frente ao estádio Beira-Rio para prestar homenagens ao ex-jogador Fernandão, morto em um acidente de helicóptero na madrugada de sábado. Ao contrário de ontem, quando houve fogos e barulho, a manhã é de silêncio e reverência.
Jogador, dirigente e técnico: o adeus de um ídolo colorado
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O operador de logística Diego Barbosa saiu cedo de sua casa, em Viamão, para homenagear o líder do Internacional durante a conquista da Libertadores e do Mundial de 2006.
"É difícil a gente passar por isso. Agora é esperar para sermos campeões (do Brasileirão) e homenagearmos ele da melhor forma possível, dando aquele título que foi roubado dele em 2005", disse Diego.
Um mural improvisado no Centro de Visitantes do clube, à beira da Avenida Padre Cacique, está coberto de homenagem ao atleta, que morreu aos 36 anos.
Um torcedor do Grêmio deixou mensagem, ao lado do símbolo do clube, lamentando a morte de Fernandão. "Somos todos irmãos", diz o recado.
Morte de Fernandão
O ex-jogador do Internacional, Fernandão, morreu na queda de um helicóptero em Goiás neste sábado (7), aos 36 anos. O acidente ocorreu por volta de 1h da madrugada, na cidade de Aruanã.
Além de Fernandão, morreram no acidente o coronel da reserva de Goiás Milton Ananias, que era piloto, Lindomar Vieira, Antonio de Padua Ferreira e Edimilson de Souza, amigos do ex-jogador.
Fernandão chegou ao Internacional em julho de 2004. Estreou em um Gre-Nal e, logo no primeiro jogo, marcou o gol 1000 em clássicos. Tornou-se capitão e eternizou o seu nome na história do clube nas conquistas da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes de 2006. Em 2008, deixou o Inter para jogar no Al-Gharafa, do Catar. O retorno ao clube ocorreu em 2011, para a função de diretor-executivo de futebol, já na gestão de Giovanni Luigi. Em 2012, virou treinador do clube, permanecendo até perto do final daquela temporada.