Dario era um dos grandes centroavantes do futebol brasileiro, mas não era convocado para a Seleção Brasileira. Dadá Maravilha só foi disputar a Copa do Mundo de 1970, depois de um atrito entre o técnico João Saldanha e o presidente Emílio Garrastazu, no auge da ditadura militar, acarretar a saída do treinador. Zagallo assumiu o cargo e chamou o então atacante do Atlético Mineiro.
“Eu fiz 69 gols em 40 jogos. Eu era o jogador que mais fazia gols no mundo, até mais que o Pelé. Eu estava em uma fase exuberante. O povo todo pedia a minha convocação, mas o João Saldanha não queria”, conta Dario.
Médici pediu a convocação de Dadá. Saldanha, de personalidade forte, respondeu com a célebre frase: “ele escala o ministério, eu convoco a seleção”. Acabou demitido.
“O presidente falou que eu tinha que ser convocado e mandou tirar o Saldanha. Quem me contou isso foi o João Havelange, então presidente da CBD. Aí o Havelange botou o Zagallo e ele disse: ‘eu conheço a fera, ele merece’. Eu fico triste em falar que o presidente me convocou. Mas o presidente pedindo a convocação me ajudou muito, isso eu tenho que reconhecer. Médici, descanse em paz”, afirma Dario.
Para Dadá Maravilha, o Brasil tricampeão em 70 foi a melhor seleção da história. “Eu vou ficar com a opinião de todos. O Brasil e o mundo elegeram a seleção de 70 como a melhor de todos os tempos”, afirma.
Dario José dos Santos, o Dadá Maravilha, nasceu no Rio de Janeiro em 4 de março de 1946. Participou do elenco da Seleção Brasileira tricampeão mundial na Copa do Mundo de 1970, no México. É o quinto maior artilheiro da história do futebol brasileiro, atrás apenas de Túlio, Romário, Friedenreich e Pelé.
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