Faltando 30 dias para começar a Copa, a grande preocupação do Rio de Janeiro é com a estrutura da cidade. A principal obra de legado, o BRT Transcarioca, ainda não está pronta. O corredor de ônibus, que custou R$ 1,9 bilhão, deverá atender 400 mil pessoas por dia, vai fazer a ligação Galeão – Barra da Tijuca e tem a inauguração prevista apenas para a primeira semana de junho.
Com a expectativa de receber 600 mil turistas durante o Mundial, o Aeroporto Internacional vai deixar a desejar. A nova concessionária, formada por Odebrecht Transport e Changi, já assinou o contrato de concessão com a Anac, mas só poderá assumir as operações em agosto. Até lá, a gestão será compartilhada com a Infraero, e a ordem agora é evitar grandes mudanças, por isso a alteração mais visível será com as placas de informações bem posicionadas em português e inglês. Além disso, devem ser consertadas esteiras, escadas rolantes e elevadores estragados.
Mas algumas novidades estão trazendo uma mudança no aspecto visual da cidade, como os estúdios de TV nos principais pontos do Rio. Os que já foram erguidos ao lado do Forte de Copacabana vão receber as principais emissoras do mundo, que terão como cenário de fundo imagens do mar de Copacabana. A movimentação de jornalistas também será grande no Centro Internacional de Imprensa, com obras em ritmo intenso no Riocentro. Como principal sede da Copa, a previsão é de um índice alto de ocupação dos hotéis.
"Em dias de jogos deveremos ter 100% dos quartos ocupados. Mas nos intervalos esse percentual vai cair, acho que vai ficar em torno de 90%, o que é muito bom. Nenhuma outra cidade terá esse movimento", explicou Alexandre Sampaio, vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares do Rio de Janeiro (SindRio).
Para garantir tranquilidade, o esquema de segurança para a Copa foi antecipado e já está funcionando. A Secretaria de Segurança do Estado colocou nas ruas mais 2 mil policiais militares e ainda existe a possibilidade do Ministério da Defesa enviar 2.480 militares das Forças Armadas, além dos 2.450 que estão mobilizados na pacificação do Complexo da Maré.
Com várias outras obras em andamento por causa da Olimpíada, a ordem é fazer de tudo para garantir um trânsito pelo menos aceitável em junho e julho deste ano. Para isso, a prefeitura decretou feriados nos jogos em dias de semana.
Palco da final, o Maracanã está devidamente testado e aprovado, recebeu três partidas da Copa das Confederações e está sendo utilizado pelos grandes clubes do Rio. As estruturas temporárias serão pagas pelo governo do Estado, e o trabalho de montagem do material de TV da Fifa já começou.