Porto Alegre recebe neste fimde semana o troféu mais cobiçado do mundo. A taça da Copa do Mundo é exposta para o público no Barra Shopping, desde as 9h deste sábado (26) e permanecerá até as 21h de domingo (27). No início do evento, o homenageado foi Dunga, o capitão do tetra, no Mundial de 1994. Na solenidade, o ex-jogador e ex-técnico da Seleção Brasileira ergueu a taça novamente, repetindo o gesto da Copa dos Estados Unidos. Ele relembrou o momento, após o título conquistado nos pênaltis, contra a Itália.
“A gente não imaginava que o Baggio ia errar. Mas isso mostra a importância, a frieza e o equilíbrio que tem que ter naquele momento. E de ter um dos melhores goleiros do mundo, que é o Taffarel. Pouca gente fala isto, mas o Baggio teve que trocar o canto que ele costumava bater, pois o Taffarel ia se jogar naquele canto”, relembra Dunga.
A chegada da taça a Porto Alegre faz parte do Tour da Taça, que iniciou em 12 de setembro de 2013. O troféu passou por 89 países e está no Brasil desde a última terça (22), quando foi exposto no Rio de Janeiro. A taça da Copa será exposta em todas as capitais do País. Na segunda-feira, o destino é Belo Horizonte. O tour será encerrado no dia 1 de maio, em São Paulo.
Dunga acredita que na Copa do Mundo de 2014 o a maior dificuldade será a lembrança do fracasso na Copa de 50, a última disputada em território brasileiro. “A maior pressão vai ser nós sempre relembrarmos 50. Mas depois o Brasil ganhou cinco torneios fora. É normal em casa a cobrança. Mas são jogadores experientes. Acho que não vai ter uma pressão que eles não possam suportar”, disse Dunga.
Os torcedores que forem observar a taça, poderão tirar fotos com o troféu. No entanto, a taça é protegida por um vidro. Por regras da Fifa, apenas chefes de estado e campeões mundiais podem tocar no troféu. Em Porto Alegre, Dunga foi o único a poder fazer isso. No evento, o capitão do tetra falou sobre os maiores obstáculos que a Seleção Brasileira deve enfrentar no Mundial 2014.
“O adversário maior do Brasil é sempre o próprio Brasil. Se jogarmos o que nós sabemos, já é um bom caminho. As seleções tradicionais sempre vão ser as mais difíceis. Mas vai depender muito de como vão chegar os seus atletas. Muitos times estão perdendo jogadores. A Bélgica é uma seleção que seguramente vai dar muito trabalho na Copa do Mundo”, aposta o capitão.
Em tom descontraído, Dunga falou sobre o que mudaria na Copa 2010, quando foi treinador, se tivesse esse poder. “O resultado (O Brasil caiu nas quartas). E também jogar o segundo tempo contra a Holanda como jogamos o segundo. Mas se eu tivesse o poder mesmo, eu não colocaria um árbitro japonês para apitar uma partida tão difícil como aquela”, afirmou, sorrindo, Dunga.