O papa Francisco recebeu nesta terça-feira no Vaticano as delegações de Itália e Argentina. As duas seleções disputarão nesta quarta-feira um amistoso em homenagem ao Pontífice no Estádio Olímpico de Roma.
No encontro com os jogadores e dirigentes dos dois países, Jorge Mario Bergoglio pediu que se elimine toda a discriminação dentro dos estádios e que, ainda que o futebol tenha se tornado um negócio, não perdeu o seu caráter esportivo.
- Será um pouco difícil para mim torcer por uma ou outra seleção, por sorte é um amistoso. E que seja realmente assim, os peço - disse o papa que, embora tenha nascido na Argentina, possui ascendência italiana.
O papa pediu para que os jogadores de futebol passem a ter maior consciência do seu papel social.
- Vocês, queridos jogadores, são muito populares. As pessoas os acompanham, não só quando estão no campo de jogo mas também fora. É uma responsabilidade social - disse o pontífice, que lembrou ainda o companheirismo do esporte e que no futebol não há lugar para o individualismo, mas sim para a coletividade.
As duas delegações somaram cerca de 200 pessoas, que chegaram ao Vaticano em oito ônibus. O encontro com o papa ocorreu na Sala Clementina do Palácio Apostólico.
Um dos integrantes da delegação argentina era Marcelo Tinelli, presidente do San Lorenzo, clube do qual o papa Francisco é torcedor. Ele presenteou o pontífice com uma imagem de São Francisco de Assis feita de madeira talhada. Ele também ganhou uma camisa da seleção argentina, autografa por todos os jogadores.
A delegação italiana presentou Francisco também com uma camisa e um ramo de oliveira, árvore símbolo de vida, paz e sensibilidade. Tais valores se identificam com a ordem franciscana.