O polêmico teste secreto com o carro de 2013 da Mercedes, em parceria com a fornecedora de pneus da Fórmula-1, a Pirelli, será julgado nesta quinta-feira pelo Tribunal Internacional da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Na audiência em Paris, na França, será definido se a escuderia alemã e a empresa italiana sofrerão alguma punição pelo ocorrido.
O problema começou após os testes realizados em Barcelona, entre os dias 15 e 17 de maio, após o GP da Espanha, com os pilotos Lewis Hamilton e Nico Rosberg. A FIA decidiu fazer o julgamento depois que as equipes Red Bull e Ferrari apresentaram protestos formais.
- Vejo com satisfação que a FIA está conduzindo bem este incidente. Torço para que a entidade mantenha seu profissionalismo e tenho fé que quem tenta burlar o regulamento seja perseguido e punido, ou até mais julgado do que perseguido - disse o presidente da Ferrari, Luca de Montezemolo, durante cerimônia de lançamento do novo museu da escuderia, em Maranello.
Diretor esportivo e diretor executivo da Mercedes, Toto Wolff, se mostrou tranquilo com o julgamento e declarou em entrevista ao jornal alemão "Welt" que sua escuderia não tem nada a esconder e que todos os documentos serão apresentados na audiência de hoje em Paris.
O dirigente austríaco alega inocência, no entanto, preferiu não fazer qualquer prognóstico com relação ao resultado do julgamento.
- Não estamos concentrados num resultado, nem estamos dizendo que necessariamente deva haver uma absolvição. Não temos a expectativa por nenhum veredicto. Nossa crença é que não fizemos nada de errado - afirmou o dirigente da Mercedes.
Ainda segundo a escuderia alemã, a FIA autorizou a equipe a participar dos testes em Barcelona.
Em sua defesa, a Pirelli, única fornecedora de pneus da Fórmula-1, negou qualquer tipo de favorecimento para a Mercedes. De acordo com a empresa italiana, tudo foi feito dentro do regulamento.
A Pirelli ainda se defende dizendo que os pneus testados em Barcelona não serão utilizados na atual temporada, somente em 2014.