Poucos atacantes alcançaram 500 gols em 20 anos e 12 clubes. Alberto Vilasboas Reis, o Bebeto, conseguiu - e ainda treinou 11 equipes.
Tinha um dos chutes mais potentes do Estado, daí o apelido de Canhão da Serra. Por isso, quando surgiram complicações da hepatite C, a notícia se abateu sobre Passo Fundo, a cidade adotada pelo goleador depois de duas passagens pelo Gaúcho e pelo 14 de Julho - era natural de Soledade.
É provável que tenha sido infectado num dos dois clubes. Chegou a ser submetido a transplante de fígado e morreu em 2003, aos 57 anos.
A doença também foi rápida e severa com o ex-ponteiro-esquerdo Serginho, do Gaúcho, Caxias e 14 de Julho. De classe média, como Bebeto, foi pego de surpresa com a hepatite. Morreu em duas semanas, aos 61 anos.
Leivinha, o ponta-direita de 1973, tornou-se professor de educação física e líder sindical. Quando soube da doença, deixou de procurar no centro da cidade os velhos companheiros do Gaúcho. Submeteu-se a transplante de fígado e morreu um ano depois.