O diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez, concedeu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, no Salão Nobre do prédio da Federação Paulista de Futebol, na qual confirmou a saída de Mano Menezes com toda a comissão técnica da Seleção Brasileira e justificou a decisão, tomada pelo presidente da CBF José Maria Marin, à qual foi contrário:
- Primeiro, não foi só o Mano, mas todo mundo. Está todo mundo demitido na Seleção. A Confederação tem os critérios, quer um novo planejamento, nova estrutura, será mudado no próximo ano - afirmou.
Questionado se também deixa o cargo, Sanchez afirmou que não, já que não trabalha apenas com a Seleção principal, pois ocupa o cargo de diretor de seleções. O dirigente, entretanto, deixou claro que foi contrário a decisão tomada por Marin:
- Não estou nesse contexto de seleção. Vamos ver lá na frente. Não sou contra, só achava que não era o momento, mas entendo os critérios. São critérios do presidente, se ele está entendendo que na nova temporada quer outros métodos, temos que respeitar, é corajoso, ousado, está vendo o futebol pra frente e tem que respeitar. Sei respeitar hierarquia - afirmou.
A principal razão da defesa de Mano por Andrés foi, segundo o próprio dirigente, a interrupção da continuidade do trabalho realizado. Apesar disso, Sanchez voltou a garantir que a razão não foi relacionada aos resultados dentro de campo, mesmo com a derrota nas Olimpíadas:
- Mano fez um bom trabalho, teve dificuldade, momentos difíceis, até pela geração perdida na Seleção Brasileira. não foi por resultado, se fosse por resultado teria feito no começo do ano. O presidente quer mudar a maneira de ser da seleção a partir de janeiro - explicou.
Andrés aproveitou a ocasião para negar que tenha havido qualquer interferência do presidente da CBF em convocação ou escalação da equipe:
- Isso é uma grande mentira. Presidente nunca interferiu em convocação, quem falou isso, plantou isso, é mentiroso. O treinador tinha autonomia para chamar quem quisesse - disse.
Sobre o novo nome para substituir Mano, o diretor afirmou que a escolha ficará entre seis ou sete treinadores, e a decisão será anunciada em 2013:
- Vamos discutir nos próximos dias para saber o que será feito. Marin quer outros métodos, outra tecnologia e vamos respeitar, em um futuro próximo vai falar a metodologia que pediram. Ficará entre seis ou sete nomes. Vamos anunciar em janeiro, no começo, primeiros 15 dias - finalizou.