Atualizada às 18h42min
Objetivos alcançados no esporte permitem que Lars Grael queira ensinar os atletas do futuro a sonhar. O velejador brasileiro, que disputou quatro Olimpíadas e conquistou o bronze nos Jogos de Seul, em 1988, e de Atlanta, em 1996, conversou por cerca de uma hora e meia na tarde de ontem com os alunos do Centro de Formação Olímpica do Sesc, projeto para crianças e adolescentes carentes.
Dezoito vezes campeão brasileiro e com diversas premiações internacionais, o atleta deu a dica do sucesso para as crianças:
- Para alcançar qualquer coisa na vida é preciso ter o objetivo claro e lutar por ele - incentiva.
O maior exemplo que trouxe ao público foi o do acidente que sofreu no mar em setembro 1998. Ao ser atropelado por uma lancha, teve a perna direita amputada. Lars quase perdeu a vida. Mas as mudanças bruscas na rotina não o afastaram do esporte. Neste ano, aos 47, já foi campeão brasileiro e sul-americano.
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- Continuo competindo, apesar da minha deficiência e das dificuldades trazidas pela idade - declara.
O velejador, que desenvolve um projeto de iniciação à vela para jovens de baixa renda no Rio de Janeiro, esteve em Porto Alegre para o lançamento oficial do Dia do Desafio 2011 - evento de incentivo à pratica desportiva que ocorre anualmente na última quarta-feira do mês de maio e está marcado para o próximo dia 25. Ao todo, 464 municípios gaúchos estarão envolvidos.
- Sabemos que ele acredita que o esporte é uma ferramenta de inclusão social, algo que trabalhamos aqui - salienta o gerente de esporte do Sesc, Luiz Tadeu Piva.
Hoje, são cinco as modalidades praticadas pelos alunos do Centro Olímpico: futebol, futsal, vôlei, basquete e atletismo. Para fazer parte, contudo, é requisito ter bom rendimento e frequência na escola, fato que não passou em branco na fala de Lars:
- Não pode abrir mão de estudar. Depois que acaba a carreira no esporte, o que sobra? - aconselha.
Lars terminou o papo com o desejo de "bons ventos" ao público, saudação comum entre velejadores. Depois de ser ovacionado, tirou fotos com as crianças e distribuiu autógrafos. No olhar de todos, satisfação. No das crianças, por enxergar um horizonte de sucesso no esporte. No dele, por conseguir, mais uma vez, incentivar pessoas a perseverar.