No que depender do técnico Guillermo Schelotto, o Boca Juniors disputará a final da Libertadores seja onde for. Embora, ele mesmo se antecipe e anuncie que sua voz não irá afetar a decisão da instituição.
— Qualquer coisa que eu diga, não vai servir de nada — declarou Schelotto, após vitória de sua equipe sobre o Independiente, por 1 a 0, pelo Campeonato Argentino.
Contudo, Schelotto acredita que o Boca deveria embarcar para a capital da Espanha e enfrentar o River Plate, conforme agendou a Conmebol, no próximo domingo (9).
— Como argentino, gostaria que jogássemos na Argentina, mas imagino que está no regulamento e temos que acatá-lo. Tenho uma opinião formada, mas não podemos desfocar. Se a Conmebol decidiu assim, que se jogue em Madri. Será em Madri e temos que acatar e nos prepararmos — disse o treinador.
O problema é que a direção do clube já se manifestou contra a realização da partida em solo europeu e, inclusive, contratou um escritório de advocacia para revogar a punição imposta ao River, pedindo a exclusão do tradicional rival.
— Faz 30 dias que estamos preparando a revanche, e não se sabe se jogaremos a final ou não. Chego à noite com a cabeça queimando. É parte do trabalho e do que nós gostamos, mas desta vez se estendeu demais — concluiu Schelotto.
O segundo jogo da final da Libertadores, agendado inicialmente para o dia 24 de novembro, acabou sendo transferido em um dia por conta de ataques sofridos pelo ônibus do Boca Juniors na chegada ao estádio Monumental de Núñez. Em decorrência de ferimentos dos atletas, a Conmebol decidiu adiar novamente o jogo, então para o dia 9 de dezembro, longe de Buenos Aires. Na partida de ida, na Bombonera, as equipes empataram em 2 a 2.