O São Paulo viveu, em 2015, um momento de série instabilidade política. De um dos clubes mais organizados e desenvolvidos do Brasil nos anos 2000, o Tricolor paulista acabou envolvido em escândalos e, neste ano, os problemas se refletem dentro de campo. O estopim foi a derrota em casa por 1 a 0 para o The Strongest na estreia na fase de grupos da Libertadores.
O tropeço teve requintes de vexame, já que o time boliviano não ganhava uma partida pela competição sul-americana fora de casa desde 1982. Desta vez, não há mais a figura do goleiro, ídolo e capitão aposentado Rogério Ceni para absorver as críticas.
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Não foi apenas o tropeço no Pacaembu que gerou a insatisfação da torcida. O time teve dificuldades para eliminar o inexpressivo Universidad César Vallejo na primeira fase – empate em 1 a 1 fora e vitória por 1 a 0 em casa – e tem apenas quatro pontos em três jogos no Paulistão, que incluem uma derrota no clássico para o Corinthians.
1. Vexame contra o The Strongest e ira da torcida
A derrota no Pacaembu foi acompanhada de intensas críticas dos torcedores. Ainda durante o jogo, palavras de xingamento eram especialmente direcionadas ao meia Michel Bastos. Depois do jogo, um grupo de torcedores acompanhou o ônibus e pediu raça e respeito dos atletas.
2. Críticas internas
A má atuação teve repercussão dentro da própria direção. Rodrigo Gaspar, assessor da presidência, fez duras críticas ao elenco no Twitter. "Erva daninha deve ser cortada pela raiz, Milton Cruz e Michel Bastos fazem mal ao ambiente", escreveu. Rodrigo Caio também foi alvo das contestações.
3. Conversa dura com Bauza
O técnico Edgardo Bauza reuniu o elenco do São Paulo e fez cobranças aos jogadores. A conversa durou cerca de meia hora. A insatisfação do treinador esteve principalmente no pequeno número de chances criadas, apesar da posse de bola, e na produção ofensiva em geral.
4. Empresário de Rodrigo Caio entra na polêmica
As críticas feitas por Rodrigo Gaspar não passaram despercebidas. Álvaro Serdeira, empresário de Rodrigo Caio, rebateu a declaração e disse que "não podemos nos deixar levar por uma declaração de alguém querendo se promover", em referência ao assessor da presidência do clube. O empresário citou ainda uma relação de mais de 10 anos entre o São Paulo e o jogador, que é cotado para defender a seleção brasileira olímpica.
5. Troca de capitão
A falta de uma liderança interna no grupo é um dos principais temas no momento conturbado do São Paulo. A lacuna aberta com a saída de Rogério Ceni não foi fechada pelo primeiro capitão seguinte, Michel Bastos, que recebeu duras cobranças da torcida. Por isso, a tendência é que outro ídolo são-paulino assuma a condição. Domingo, em sua reestreia pelo clube, Diego Lugano deve ser o novo capitão.
*ZHESPORTES com informações do LANCEPRESS