O tabu continua. O Vélez Sarsfield segue sem perder para times brasileiros dentro do Estádio José Amalfitani na Copa Libertadores. A equipe argentina bateu o Atlético-PR, na capital Buenos Aires, por 2 a 0. A última vez que os hermanos foram derrotados dentro de casa nestas circunstâncias foi há mais de 20 anos. A equipe do Inter, comandada por Paulo Roberto Falcão, foi a última a bater El Fortín pelo torneio, em 1980. Na partida, Adriano Imperador entrou no fim, e pouco conseguiu fazer.
No primeiro tempo, o Atlético-PR conseguiu resistir ao ímpeto inicial da equipe argentina. O time paranaense conseguia, inclusive, chegar ao ataque, mesmo que não levasse perigo ao goleiro Sosa. Entretanto, toda esta segurança por parte dos visitantes caiu por terra aos 38 minutos. A defesa rubro-negra falhou após cobrança de escanteio, e o zagueiro Tobio finalizou duas vezes até conseguir abrir o placar.
O gol mexeu com o brio do Atlético. O volante Deivid e o goleiro Weverton bateram boca e precisaram ser apartados por Manoel. O que aconteceu depois foi um baile do time portenho. O Vélez fazia o que queria - principalmente nos pés de Mauro Zárate. A pressão foi grande nos dez minutos finais, e o apito de Roberto Silveira atendeu as preces atleticanas para que a etapa inicial chegasse logo ao fim.
Com a vantagem no placar, os anfitriões passaram a explorar os contra-ataques, e em um deles, mataram o jogo. O atacante Lucas Pratto recebeu belo lançamento, invadiu a área, e tocou na saída do goleiro Weverton.
O resultado não foi nenhuma hecatombe para o Atlético-PR. Mas faltou ousadia ao treinador Miguel Portugal. Não só por demorar a colocar Adriano, mas por adotar um esquema cauteloso demais. Inclusive, o Imperador fez cara feia e gesticulou na hora que foi chamado para entrar. Pela leitura labial, foi nítida a frase 'Agora?', pois o Vélez já havia feito o segundo gol. No fim, a vitória do time argentino foi incontestável.