Ninguém no Vélez anseia mais por parar Neymar nesta quinta-feira do que o zagueiro Sebástian Domínguez. Um dos grandes líderes da equipe argentina, Sebá conhece bem o futebol brasileiro e sabe o poderio do craque santista.
Em 2005, sofreu com Robinho antes de o jogador deixar o Santos e agora tem desafio ainda mais difícil, segundo ele mesmo.
- Precisamos parar Neymar, depois jogar - dispara o zagueiro, que falou com o LANCENET! após o treino da última quarta-feira no CT do Vélez.
No bate-papo, otimismo e respeito ao falar de Neymar e frustração do Corinthians. Entenda por que na entrevista abaixo.
Como o Vélez pode tentar parar Neymar nesta quinta à noite?
Com dois jogadores perto dele. O que acontece é que o Santos tem também Ganso, Elano, Borges, Arouca, que chega muito forte de trás...É um bom time. Vi o jogo na Bolívia e o Arouca atuou como se não tivesse altitude, foi impressionante. Vai ser muito difícil. A zaga é forte também, na bola aérea é complicado. Para mim, é um dos times que pode ser campeão da Libertadores. Estamos bringando para tentar encontrar o melhor funcionamento, estamos bem também.
Mesmo jogando em casa, o Vélez vai primeiro se preocupar em não sofrer gols para depois pensar em atacar?
O jogo é isso. Tentar parar o Neymar, depois jogar. E atuar como sempre faz o Vélez, pensando em fazer gol. Ficar só atrás também é difícil, porque ficar com o Neymar perto da nossa área também complica. Não podemos fazer falta nele para tirar a bola.
O Vélez demonstra muito respeito para esse jogo...
Sabemos que vamos enfrentar um time muito bom, com jogadores de Seleção. Então, será muito difícil, mas, fazendo um jogo inteligente defensivamente, nosso time tem um bom ataque e podemos igualar a partida com os atletas que temos do meio pra frente.
Essa partida era para ter acontecido na final do ano passado. O que mudou de lá para cá?
O Santos tem quase o mesmo time de 2011, mas nós mudamos bastante. Não temos aquele entrosamento quem se conhece há tempos, mas estamos melhorando.
Tem acompanhado o Corinthians, seu ex-clube? Vocês podem encará-los na semi...
Corinthians está muito bem também. Gosto muito do Tite, que estava lá quando eu cheguei, em 2005. Ele dá um equilíbrio muito bom ao time. Corinthians é um dos candidatos ao título, assim como a La U, do Chile, o Boca (Júniors)...A Copa é difícil para todos. Nesse jogo, o Santos tem jogadores que podem estar até na Copa do Mundo, então será muito, muito difícil.
Quais lembranças guarda da época que jogou no Brasil?
Saudade das pessoas e dos amigos que deixei: Coelho, Carlos Albertgo, Fabrício, Betão,Tiago (goleiro) maluco (risos), Nilmar, Rafael Moura, Marcelo Mattos, Gustavo Nery...lembro de tudo. No meu casamento muitos vieram para cá, em 2005. Sinto muita saudades do Brasil e de todos.
Por que acha que não foi tão bem no Corinthians?
Não joguei no meu nível. Passei por duas cirurgias, fisicamente nunca estive bem pra jogar do jeito que todos esperavam... Tem uma dívida, pendência, frustração, faltou algo. É uma conta que tenho.