
Barueri, Caxias do Sul, Criciúma, Florianópolis. A vida de mandante nômade do Inter pode ter sua cena final na noite desta quarta-feira (26) em Criciúma. Há boas chances de o jogo das 21h30min, contra o Atlético-MG, ser o último em que a casa colorada não será no Beira-Rio. Isso porque o clube tenta antecipar para 7 de julho, contra o Vasco, o retorno para o Beira-Rio. Até lá, serão outros dois jogos como visitante, o primeiro novamente no Heriberto Hülse, mas com mando do Criciúma, e o Fluminense, no Rio.
Depois de ter lidado com desfalques no setor ofensivo, o técnico Eduardo Coudet terá, desta vez, menos opções para montar a defesa. O lateral-direito Bustos e o zagueiro/volante Fernando receberam o terceiro cartão amarelo no Gre-Nal e serão ausências. Hugo Mallo deve atuar pelo lado da defesa. Seu último jogo como titular foi na derrota para o Vitória. No centro da defesa, Gabriel Mercado retoma a sua posição, após ter ficado de fora das duas partidas mais recentes. Mais à frente, Alan Patrick pode seguir no time, com Aránguiz entrando no lugar de Wanderson.
Desde a retomada das partidas, o Inter venceu três vezes, empatou uma e foi derrotado em outra. A sequência fez o time saltar para a sétima posição no Brasileirão, com 17 pontos e duas partidas a menos do que a maioria dos adversários.
Adversário com reforço no ataque
A multiplicação das ausências que afetou o elenco colorado em rodadas passadas no momento atinge em cheio o Atlético-MG.
O volume de desfalques colaborou para que a equipe de Gabriel Milito acumulasse três partidas sem vitória, com duas derrotas e um empate. Entre lesionados, convocados e suspensos são 11 jogadores indisponíveis. Com poucas opções, Gustavo Scarpa foi deslocado para a ala-esquerda. No outro sentido, Hulk retorna após cumprir suspensão. Ele estará ao lado de Paulinho, goleador do time no Brasileirão, com quatro gols, sendo um deles no empate em 1 a 1 contra o Fortaleza, o último fim de semana.
— O Atlético-MG, independentemente da ocasião, do placar, dos desfalques, busca controlar o jogo através da posse de bola. O Milito tem essa filosofia ofensiva, isso custou caro contra o Palmeiras. O Atlético se expôs o tempo inteiro e deu espaço para o contra-ataque. A pressão pós perda não está ajustada — analisa Lucas Campos, setorista do Galo no Estado de Minas.
Enquanto as partidas do Inter rendem poucos gols, média de 1,4 a cada 90 minutos, somando os marcados (8) e os sofridos (5), o Atlético-MG faz o placar eletrônico se movimentar bem mais. São 29 gols em 10 partidas, média de 2,9.