O Inter viveu seu Halloween particular no Beira-Rio. Ao perder para o Coritiba, vice-lanterna, por 4 a 3, na 30ª rodada do Brasileirão, ficou quase sem chances de pegar uma vaga na Libertadores. Mais uma vez, não conseguiu subir na tabela, permaneceu na segunda página e deve se contentar em buscar um lugar na próxima Copa Sul-Americana.
Foi um domingo digno de Dia das Bruxas. Teve jogador expulso no início da partida, falta de reposição, gol logo depois, empate, desvantagem nos acréscimos, cartões que suspendem para o próximo jogo e uns quantos erros bizarros (um deles que virou até pênalti). Aliás, foram nada menos do que quatro penalidades em mais de duas horas de jogo.
O treinador respondeu a uma das principais críticas que sofreu logo depois da expulsão de Vitão. Ele só mexeu no time quando o Coritiba já tinha marcado o 1 a 0.
— Quis dar minutos para ver como se desenvolvia a partida com os jogadores que ficamos, para evitar mexer na parte ofensiva. Pagamos o preço. Eles não estavam criando muito e tínhamos a bola. A partida ficou condicionada depois da expulsão, é difícil ficar com um a menos, ainda mais de 90 minutos — lamentou Coudet.
O técnico também falou sobre a opção por De Pena em vez de Pedro Henrique para substituir Wanderson, que estava suspenso. Segundo o treinador, foi uma escolha de características pela movimentação tática do time:
— Wanderson é um jogador que tem outro entendimento. Pedro Henrique pode dar certo em um bloco baixo, com velocidade. Em um espaço reduzido, jogando por dentro, acho que não é a característica dele. Considero um segundo atacante. Não quer dizer que não possa usar algumas vezes. Ainda mais com Dalbert, que é diferente de Renê. Dalbert joga por fora, Renê fecha mais como terceiro zagueiro e volante pela esquerda.
A arbitragem, é claro, foi alvo. Da expulsão de Vitão aos pênaltis, passando por outras questões, o Inter reclamou.
— Difícil, aquela expulsão no começo foi difícil. Não sou de falar de arbitragem, mas não dá para entender essa falta de critério. Eles deixam os jogadores muito nervosos com as decisões que tomam — disse Alan Patrick após o jogo.
Vitão admitiu o pênalti:
— Essa derrota pode colocar nas minhas costas, fui expulso cedo. Fui tentar pegar a bola, mas ele deu um bico e adiantou, acertei ele. A expulsão foi justa.
Para quarta, quando o Inter recebe o lanterna América-MG, às 19h, haverá outros tantos desfalques. Vitão, Johnny e Mauricio estão suspensos. Renê, possivelmente, tampouco estará à disposição. Coudet evitou adiantar se De Pena será o substituto de Mauricio.
— O que praticamos taticamente mudou porque Renê sentiu um desconforto no final do treino. Quando fizemos trocas, perdemos qualidade. Temos de trabalhar para não sentir tanto quando não temos o grupo completo. Vamos ver segunda e terça como estarão os jogadores, até porque correram muito com um a menos, e preparar o jogo — finalizou.
Serão dois dias para tentar evitar que a derrota desencadeie uma crise a poucas partidas do final do ano. Já era inegociável não fazer três pontos contra o penúltimo. Se não fizer contra o último, até mesmo a briga pela Sul-Americana fica comprometida.