A noite de terça-feira, 8 de agosto de 2023, vai demorar para sair da cabeça dos torcedores do Inter espalhados por todo mundo. A classificação para as quartas de final da Libertadores veio da maneira mais dramática possível. Depois de abrir 2 a 0 contra o River Plate, o Colorado sofreu um gol já nos minutos finais e disputou a vaga na próxima fase nos pênaltis.
GZH elenca três fatos que colaboraram com a "remontada" do Colorado nas oitavas de final.
A força do Beira-Rio
Antes mesmo de o jogo começar, a torcida colorada já havia mostrado que não iria desistir da classificação e que acreditava nos jogadores que entrariam em campo logo depois. As já tradicionais "Ruas de Fogo" davam o tom daquilo que o Beira-Rio faria nos próximos 90 minutos. Fogos, sinalizadores, cantoria e gritos de apoio. Essa foi a tônica do pré, do durante e do pós-jogo no entorno do estádio colorado. Não bastasse isso, as 50.479 pessoas (maior público do novo Beira-Rio) que estiveram nas arquibancadas acreditaram até o final. Nem mesmo o gol do River no final, desanimou os torcedores.
A ousadia de Coudet
A classificação do Inter tem a assinatura do técnico argentino. Ainda que no primeiro tempo, a equipe gaúcha já tenha sido superior ao River Plate, foi na segunda etapa que Coudet mostrou o motivo que levou o Colorado a contratar.
Mesmo com o 1 a 0 feito por Mercado, Coudet manteve a ideia de tornar o Inter mais ofensivo. Assim, logo após o gol do argentino, Pedro Henrique e Luiz Adriano entraram nos lugares de Mauricio e Aránguiz. Com o sistema 4-1-3-2 mantido, o Inter passou a ter quatro atacantes de origem. À frente de Johnny, seu único volante, Pedro Henrique ocupou o lado direito da linha de três com Alan Patrick como meia central e Wanderson à esquerda. Luiz Adriano virou o parceiro para formar a dupla de ataque com Valencia.
Coudet, assim, arriscou mesmo com um placar que não decretava a eliminação do Inter. Alan Patrick fez o segundo gol, que naquele momento colocava o Colorado nas quartas de final. Posteriormente, os pênaltis premiaram a ousadia do treinador do Inter.
Sergio Rochet
O nome da classificação. E o Inter só chegou vivo no Beira-Rio por "culpa" dele. A remontada do Colorado não começou em Porto Alegre, mas sim em Buenos Aires, quando o goleiro uruguaio recém chegado ao Brasil salvou a equipe de Porto Alegre em, pelo menos, quatro oportunidades. Não fosse ele, o River teria feito um placar mais elástico no Monumental de Nuñez.
No jogo de volta, ele até nem precisou trabalhar muito, mas, na hora da decisão, foi quem apareceu. Na pressão dos argentinos nos minutos finais, fez uma defesa. Nos pênaltis, não defendeu nenhuma cobrança, mas chamou a responsabilidade para bater a última penalidade — batendo e convertendo.