O Inter entrou com uma formação inédita na vitória por 1 a 0 contra o Bolívar, pelo jogo de ida das quartas da Libertadores. O técnico Eduardo Coudet escalou três zagueiros, com a entrada de Nico Hernández no time titular no lugar do meia Mauricio.
— Estamos preparados para cada jogo. Nunca tentamos repetir o estilo de jogo da mesma maneira. A estratégia depende sempre do rival e buscamos neutralizar as virtudes em cada rodada e em cada jogo. A verdade é que treinamos pouco essa formação. O importante é ser inteligente e temos um grupo inteligente. Eles entenderam a estratégia de forma rápida e colocaram em prática — explicou o técnico argentino na entrevista após o jogo.
Coudet revelou que viu vários jogos do Bolívar e do The Strongest, líder do campeonato boliviano e que também joga na altitude.
— Olhamos para planejar a melhor estratégia na altitude. Todas as equipes sentem muito quando jogam aqui. Eles gostam de atuar no um contra um, aproveitando a última linha da defesa e o movimento da bola. O grupo fez uma grande partida e estamos muito felizes, não é fácil ganhar aqui. Mas temos consciência que ainda não terminou, temos 90 minutos para jogar em casa com nossa torcida — disse.
Outro fator importante na preparação do Inter para a altitude foi a experiência de Coudet como jogador. O argentino, quando jogava pelo River Plate, jogou na altitude de La Paz e saiu derrotado. Mais do que isso, revelou que precisou de oxigênio após a partida.
— Serviu muito a experiência ter vindo aqui como jogador. Saber como se sentem os atletas foi importante, assim como ter visto ao menos 10 jogos dos dois times. Como falei antes do jogo, se a gente pressionasse aqui seria suicídio. Ter jogado e saber o que acontece dentro de campo me ajuda hoje como treinador a montar uma estratégia — comentou Coudet.
Para o duelo da volta, no Estádio Beira-Rio, na próxima terça-feira (29), o Inter joga por um empate para garantir vaga na semifinal da Libertadores.