Começa às 21h30min desta terça-feira (28) o desafio do Inter nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Em busca do bi da competição, a equipe de Mano Menezes visita o Colo-Colo, no Estádio Monumental, em Santiago, com um mistério e uma baixa na equipe.
A ausência é Taison. O jogador está há alguns dias gripado, fez testes de covid (que deram negativo) e acabou fora da lista. Por outro lado, Pedro Henrique trabalhou normalmente e está confirmado no time.
Com essas confirmações, a dúvida está na lateral direita. Bustos sofreu uma lesão muscular e não viajou ao Chile. Há dois candidatos para a vaga: Heitor e Mercado. Se a opção for pelo primeiro, Mano ganhará um jogador de instinto ofensivo, com bom cruzamento, mas dificuldades maiores na marcação. Se o segundo for o escolhido, inverte-se a característica, já que Mercado é um zagueiro adaptado ao lado, com força defensiva, altura e contenção, mas menor poder na frente.
O resto da equipe não deve apresentar novidades. Daniel, Moledo, Vitão, Renê, Gabriel, Edenilson, De Pena, Alan Patrick, Pedro Henrique e Alemão são os mais cotados para completar o time. David, que estava suspenso no Brasileirão, pode atuar na Sul-Americana, mas a tendência é de que fique no banco. Foi a pista que deu Mano em sua última entrevista:
— Alemão está em evolução como jogador de Série A de Brasileiro, como camisa 9 do Inter. É um processo. Às vezes se tem um pouco de dificuldade, o que é natural. Mas, dos nossos atacantes, é quem tem feito mais gols. Quando as coisas estiverem bem, e acho que vão estar, poderá iniciar os jogos.
A partida contra o Colo-Colo vale também para o futuro financeiro do Inter. A eliminação precoce da Copa do Brasil deixou um buraco no orçamento, que pode ser coberto pela Sul-Americana. Avançar às quartas de final do torneio continental representa colocar mais US$ 600 mil nos cofres. Traduzindo para a moeda brasileira, esses mais de R$ 3 milhões significam um fôlego para manter em dia os salários e pagar os direitos de imagem já renegociados com os atletas.
E ainda tem outro aspecto bastante relevante a ser levado em conta neste jogo em território vizinho. O Inter identificou na Sul-Americana uma possibilidade de título maior para sair da fila do que o Brasileirão. Por isso, nem pensa em preservar jogadores. Além disso, a partida contra um adversário de respeito aumenta a expectativa.
— Colo-Colo é um adversário difícil, tradicional, não só no Chile como no América do Sul, sabemos da dificuldade que vamos encontrar. Vamos mudar de foco, entrar em uma competição de mata-mata — disse Pedro Henrique, aos veículos oficiais do Inter.
O atacante ainda lembrou:
— Vai ser minha primeira competição sul-americana, estou curioso, mas quero levar a experiência que tive nos campeonatos europeus para ajudar a equipe.
Foi depois da chegada de Mano que o time se consolidou também na competição continental, ganhando 10 dos 12 pontos que disputou. O mata-mata, agora, representa também o amadurecimento do trabalho do treinador, que começou na emergência para tirar o Inter do risco do rebaixamento e agora faz o torcedor sonhar com o fim da seca de conquistas relevantes.