Havia grande expectativa pela entrevista coletiva de Diego Aguirre após a derrota para o Bragantino. Não tanto pelo resultado em si, que tirou definitivamente o Inter da Libertadores, mas para falar do futuro. Praticamente fora do clube, ele negou ter sido convidado pela seleção uruguaia, mas deixou claro que deve ocorrer alguma negociação em breve.
— Prefiro não falar disso porque não aconteceu nada, vou deixar passar os dias e falar com tranquilidade com o Inter e aí vamos ver o que acontece — disse o treinador.
O treinador lamentou não ter chegado à Libertadores e creditou a um mau novembro à queda de desempenho. A sequência de jogos somada à falta de opções no grupo e ao áudio de Paulo Paixão pesaram no final. O treinador admitiu que precisava de mais jogadores:
— Um mês atrás foi o Gre-Nal e era tudo uma festa. Depois ganhamos do Athletico-PR e depois houve a queda. Pode ter muitas causas, vamos falar com tranquilidade com o presidente para trocar ideias.
Aguirre falou sobre uma reformulação:
— É um período de reestruturação de muitas coisas no Inter e de dificuldades econômicas. Isso já era assim, e o Inter tem de pensar em trazer jogadores, porque vi o que passaram os jogadores para competir em tantos campeonatos. Falamos com o presidente e estamos conscientes de que o time tem de ter uma reformulação, como outras equipes. Acho que fizemos um bom trabalho, mas faltaram alguns resultados. Fui convidado para voltar em um momento de reestruturação, em um ano com dificuldades. Tivemos jogos aceitáveis, mas tudo ficou para trás porque não conseguimos o objetivo. Mas tentamos de tudo, fizemos o melhor.
A partir desta sexta-feira (10), com a negativa de Marcelo Gallardo, a Associação Uruguaia de Futebol deve intensificar as conversas com Aguirre. Ele é o ficha 1 para assumir a vaga de Óscar Tabárez.