O zagueiro Kaique Rocha foi apresentado oficialmente no CT Parque Gigante na tarde desta quinta-feira (2), três dias depois de ter sido anunciado como reforço do Inter. Formado nas categorias de base do Santos, o atleta de 20 anos foi cedido por empréstimo pela Sampdoria, da Itália, por duas temporadas. No Beira-Rio, vestirá a histórica camisa 3, que já foi de Figueroa e Índio.
— É uma camisa muito pesada. Espero chegar aos pés de um zagueiro como o Índio, multicampeão pelo Inter, e chegar a ser comparado a ele um dia. Não penso em voltar para a Europa. Se eu pensasse nisso, não teria voltado (ao Brasil). Então, penso em fazer história aqui no Inter e fazer a torcida feliz — declarou o jovem defensor.
Kaique será o sétimo zagueiro do elenco colorado, que ainda conta com Bruno Méndez, Víctor Cuesta, Gabriel Mercado, Lucas Ribeiro, Zé Gabriel e Rodrigo Moledo. O último, porém, ainda se recupera de uma cirurgia no joelho direito, realizada em janeiro.
Confira trechos da entrevista coletiva:
Retorno ao Brasil
Não foi uma decisão precipitada. Acabei não jogando muito como profissional, mas amadureci demais. Sou um Kaique muito mais experiente do que quando saí do Santos, com 18 anos. Aprendi muito na escola italiana, uma das melhores de sistema defensivo. Então, minha expectativa aqui no Inter é das melhores e almejo títulos. Estamos no meio da tabela, mas vamos buscar a vaga para a Libertadores.
Condição física
Estou há um tempo sem disputar jogos oficiais, mas hoje me sinto pronto. Acabei de sair de duas semanas de uma pré-temporada. Então, me sinto no auge da minha condição física. Estou muito bem fisicamente e, se o professor precisar contar comigo, estou pronto.
Disputa na zaga
Vou em busca da minha posição nos treinamentos diariamente, mas este não é meu primeiro objetivo. Venho aqui para aprender com os zagueiros experientes do Inter. Sou jovem e vou buscar o meu lugar. O Bruno Méndez e o Cuesta estão bem e quem tem que ficar preocupado é o adversário, sabendo que irá enfrentar uma ótima defesa.
Característica de jogo
Eu me considero um zagueiro bom nas bolas aéreas. Sou um zagueiro técnico e me considero veloz. Mas, falar não adianta. Espero mostrar dentro de campo. O Kaique que atuava no Santos, gostava de sair muito, de se aventurar bastante no setor de ataque. Na Europa, aprendi a me adaptar, ficando recuado, fazendo o meu papel como zagueiro. Lá, a primeira tarefa do sistema defensivo é não tomar gol. Então, o Kaique que volta para o Inter está muito maduro e experiente neste tema.
Experiência com técnico Claudio Ranieri
Joguei seis anos no Santos pelo lado esquerdo. Na Itália, o mister Ranieri me disse que eu não podia me limitar a só um lado e me ensinou a jogar pelo lado direito e como lateral. Então, estes dois anos não foram em vão para mim. Ele (Ranieri) bate muito na tecla do sistema defensivo. Até mesmo, se vocês acompanharam como ele foi campeão da Premier League, com o Leicester, sabem que ele gostava de defender e sair nos contra-ataques. Então, tenho muito a agradecer a ele, pois aprendi muito.