Eu, você e até a cobertura do Beira-Rio sabemos que o Inter é o principal responsável pelo fundo de poço em que anda enfiado. Que a direção não entrega o time esperado, que os atletas não oferecem o desempenho necessário. Mas o que a arbitragem vem fazendo com o Sport Club Internacional nos últimos meses é caso de Polícia Civil, Federal e Interpol.
Não vou entrar no mérito se foi falta ou não na origem da jogada que resultaria em um gol de empate do Colorado diante do Athletico-PR na noite deste domingo (25). Nem é preciso.
Foi um lance duvidoso, interpretativo, ocorrido junto à grande área defensiva, acompanhado de perto pelo árbitro, e que somente depois de muito passe trocado resultaria no golaço de Caio Vidal anulado pelo VAR. É absurdo que uma jogada dessas, tão precoce, tão sujeita a polêmicas, tenha definido a partida terminada em 2 a 1 para o adversário.
Quantas vezes um gol foi confirmado após um lance duvidoso desses em outros casos? Muitas. Quantas vezes foi anulado? Não saberia citar um exemplo. Esse é o problema. A arbitragem passou a adotar critérios específicos para o Colorado nos últimos tempos.
A mão que o jogador do Corinthians colocou na bola no jogo decisivo do Brasileirão 2020 só não foi pênalti para o Inter, assim como o pisão involuntário que levou à expulsão de Rodinei em outra partida fundamental contra Flamengo foi punido com amarelo todas as outras vezes.
Dois pesos, duas medidas
Neste final de semana, o flamenguista Rodrigo Caio deu pisão igual ao de Rodinei em um são-paulino. Foi expulso? Claro que não: é jogador do Flamengo. O Inter anda jogando pouco, mas isso não é motivo para ser roubado. A nova regra da arbitragem brasileira é acabar de vez com o que restou do Sport Club Internacional. Falta pouco.