O espanhol Miguel Ángel Ramírez, 36 anos, será apresentado oficialmente como novo técnico do Inter na tarde desta sexta-feira (5). A entrevista coletiva é realizada de maneira virtual por conta das restrições da pandemia.
Ramírez e sua comissão técnica estão em Porto Alegre desde o começo da. Já foram ao CT conhecer os jogadores e a estrutura do clube, além de assistir a estreia do time no Gauchão, na segunda, com vitória sobre o Juventude, e o empate na segunda rodada, com o Pelotas, no Estádio Boca do Lobo.
Cinco respostas de Miguel Ángel Ramírez na coletiva de apresentação
Adaptação dos jogadores ao estilo de jogo ou contratações de novas peças diferentes?
— Acho que vamos passo a passo nos acomodando e adaptando. Porque também precisamos estar com eles para passar a vivência e ir conhecendo as respostas individuais. Depois, ir tomando decisões junto com o clube. Precisamos deste tempo de conhecimento mútuo para que nos conheçamos e aguardar pelas respostas. Ver quem se adapta e evolui, e quem não.
O que achou do time de garotos nas duas primeiras rodadas do Gauchão? Como aproveitarás eles no plantel principal?
— Vai ser um processo conjunto. Sou apenas uma peça dessa engrenagem de futebol do clube. Primeiro é preciso que eu conheça a nível interno o clube, que é o que acontece agora. Estou assistindo ao vivo e em vídeos os jogos. Já conheço o elenco principal, agora preciso conhecer os demais elencos neste movimento.
Como foi a preparação para assumir o maior desafio profissional da carreira?
— Estamos fazendo as aulas de Português. Já faz um tempo que me preparo para o caso de Brasil ser um destino de trabalho. Isso é uma parte, a outra é que toda a comissão esteja adaptada a cultura e a vida no país. Saí da Espanha, passei pelo Catar, Equador, sou um cidadão do mundo. Gosto disso. Quanto ao tamanho do clube, não sei se há uma preparação para isso. As experiências vão sendo dadas ao longo do tempo para que se esteja preparado para um desafio maior. Mas o esporte é o mesmo, a bole é a mesma. Creio que estou preparado, e trago uma comissão técnica que deve estar mais preparada que eu.
Como superar a inexperiência ao assumir um clube deste tamanho aos 36 anos?
— Este pensamento limitante é o que faz não termos coragem para que Lucas Ribeiro, Pedro Henrique, Nonato, Praxedes não joguem. Porque não tem experiência. Falta isso, não podem jogar. Como que vão jogar? Esse pensamento limitante é o que faz não colocarmos os garotos a jogar. Com o treinador acontece o mesmo. Às vezes temos que ter isso bem claro para colocar os garotos no campo e o treinador no banco.
Como se preparar para o calendário apertado do futebol brasileiro?
— Os últimos meses no Equador nos prepararam para isso. Por conta da pandemia eram partidas a cada 2 dias. Tivemos partidas que fomos sem poder treinar, com o plantel completo infectado, apenas dois jogadores livres. Desenvolvemos ferramentas para nos reinventar e seguir competitivo. Quando não há treinamento, o vídeo e o quadro de anotações são nossos parceiros nas viagens.