Escolhas equivocadas do treinador e atuações individuais bem abaixo do esperado muito provavelmente não vão dar um bom resultado. Foi exatamente isso que aconteceu nesta quarta-feira (22), na noite em que o Gre-Nal marcou a volta do Inter ao futebol. Os argentinos de confiança de Eduardo Coudet - Saravia e Musto - foram muito mal, assim como Moisés. D’Alessandro e Guerrero juntos - o que isola o peruano - todo mundo já sabe que não dá certo.
Para completar, nem a malandragem parece ter voltado a campo. Kannemann - o zagueiro que agarra os adversários em toda bola levantada na área do Grêmio desde que chegou aqui - cavou um pênalti justamente sendo agarrado. No segundo tempo, nenhum jogador colorado fez a mesma coisa nas bolas levantadas na área. O inexperiente Daniel Bins - que tinha como característica “não marcar qualquer falta”, mas ontem apitou tudo o que pôde - certamente marcaria a nosso favor também.
Além de criar muito pouco, o Inter ainda teve o azar de levar um gol de falta numa bola que ia parar lá nos pavilhões da Festa da Uva, mas desviou na barreira e entrou no ângulo oposto. Mas é aquela coisa: a sorte, na maioria das vezes, acompanha os mais competentes. O Grêmio foi mais competente e ganhou o histórico Gre-Nal. É claro que temos de considerar o tempo sem jogos, mas fiquei com a nítida impressão de que a longa parada fez muito mal para o Inter.