O Inter de Sandro venceu a Libertadores, em 2010, com frieza nos momentos decisivos, na opinião do volante. O convidado do Papo Gre-Nal desta terça-feira (16) tinha na época 20 anos e já estava acertado com o Tottenham, da Inglaterra. A competição sul-americana seria a última dele com a camisa vermelha. Atualmente com 31 anos, o jogador relembra as viradas nas semifinais e finais, em jogos que começaram com placares abertos pelos rivais.
— Fomos maduros não só naquele jogo contra o São Paulo, que começamos perdendo no Morumbi e seguramos a empolgação dos caras. Porque eles fizeram um gol em casa e seguiam em cima, o segundo viria no embalo. Naquele ano, a gente tinha a frieza de poder lidar com situações difíceis. Isso foi crucial para reverter as situações na reta final — comenta.
A decisão contra o Chivas, do México, foi a primeira na história da Libertadores a ser disputada em gramado sintético. Mesmo com duas sessões de treinamento na véspera, a diferença no piso do Estádio Omnivision, inaugurado dois meses antes da final, foi uma dificuldade a mais a ser superada pelo Colorado:
— O gramado era muito novo. Não conseguia ler como a bola ia chegar, parecia pior do que jogar em gramado molhado.
Além disso, o placar foi aberto por Bautista. O atacante mexicano chamava a atenção não só pelo oportunismo na área, mas também pelo cabelo descolorido e uma única luva que vestia na mão direita. Os componentes do visual e o comportamento do artilheiro fazem o adversário ser lembrado por Sandro como "marrento".
— Aquele cara para mim foi o cúmulo, nunca vi um jogador tão provocador. A vontade mesmo era de ser expulso, fazer alguma coisa com ele. Graças a Deus a gente teve a cabeça no lugar, respira e deixa passar, porque podia atrapalhar tudo — confessa o volante.