Avançar na Libertadores tirou um peso do ambiente do Inter, e por consequência, de Eduardo Coudet. Com a garantia de ter pelo menos mais seis jogos pela competição continental e sem a pressão do mata-mata valendo parte do ano já em fevereiro, o treinador pode, agora, buscar a evolução que pretende para seu time.
Nesta terça (3), quando o time entrar em campo às 19h15min diante da Universidad Católica-CHI pela primeira rodada, a tendência é de que os colorados vejam uma equipe mais distensionada do que aquela que passou por Universidad de Chile e Tolima-COL. Mesmo que a escalação seja a mesma, o plano do argentino é ser mais ofensivo e intenso, e incrementar isso ao longo do ano.
Ao menos é isso o que disse o treinador. Ele recebeu, na sala de reuniões do CT Parque Gigante, um grupo de jornalistas de GaúchaZH. Os comentaristas Diogo Olivier e Leonardo Oliveira e os repórteres Cristiano Munari e Rafael Diverio participaram da entrevista, que no fim das contas foi muito mais um bate-papo mesmo, e tratou de muitos assuntos.
— Vamos poder jogar mais soltos. O mata-mata é difícil. Creio que a equipe se comportou muito bem, com muita personalidade, sobretudo nos jogos fora. Todos gostariam de ter feito dois gols, mas dominamos as duas equipes que jogamos — disse o treinador.
A conversa em seu ambiente não teve a pressão de uma entrevista coletiva nem a pressa de falar após jogo. Assim, Coudet fez questão de esgotar todas as dúvidas. Ressaltou, diversas vezes, que não tinha pressa em terminar a conversa, que lhe agrada muito falar de futebol e que, quando começa, precisa ser parado, caso contrário, estende a noite.
O esporte, aliás, é sua companhia em Porto Alegre. Caseiro, quase não sai às ruas da Capital, e, em casa, assiste a todos os jogos dos Estaduais que a TV disponibiliza. Não se distrai com redes sociais e afirmou não prestar atenção no que falam os programas de esporte na imprensa.
Entre os assuntos abordados, o mais repetido foi a questão tática. Mais especificamente, a soma Musto-Lindoso. Revelou que, quando pediu o argentino, o plano era fazê-lo disputar posição, mas que as circunstâncias do campo obrigaram-no a escalá-los juntos.
Agora, contra a Universidad Católica, Coudet tentará fazer o Inter largar bem na fase de grupos. Até porque, logo ali, ele sabe que terá de encarar dois Gre-Nais históricos, os primeiros da história da Libertadores.