Vestir branco, pular sete ondas, comer determinada comida na noite de 31 de dezembro. São muitas as superstições para ter sucesso no ano que se inicia. Mais do que isso, o começo de ciclo também é marcado por promessas e metas traçadas para alcançar conquistas desejadas. GaúchaZH lista cinco ações que podem garantir a felicidade do Inter e da sua torcida no 2020 que começa.
Paciência com Coudet
A tradição brasileira é de exigir resultados imediatos e de culpar os técnicos pelas más campanhas. Dar as ferramentas de que Eduardo Coudet vai precisar para colocar o Inter nos trilhos passa também pela confiança em seu método de trabalho e paciência no período de adaptação ao nosso futebol. "Chacho" tem trabalhos coroados com títulos nacionais e se mostra, até agora, um profissional com ideias que podem fazer bem ao Colorado.
Fica, Guerrero
Paolo Guerrero chegou na metade de 2018, mas só pode entrar em campo em abril de 2019. Passado o período de suspensão por doping, o peruano voltou aos gramados como se nunca tivesse ficado afastado. Marcou gols importantes e mudou a cara do ataque colorado sob o comando de Odair Hellmann. Suas atuações despertaram o interesse do Boca Juniors e dos candidatos à presidência do clube argentino. A cláusula de rescisão contratual de Guerrero é de 4,5 milhões de dólares, mas o elevado salário foi o que afastou — por enquanto — o atacante do Boca. A permanência do camisa 9 colorado é fator importante para as possíveis conquistas coloradas no ano de 2020.
Um parceiro para Guerrero
O final de 2019 já sinalizou uma mudança na cara do ataque do Inter. Nico López, Tréllez, Neilton, Sobis e Parede não fazem parte do elenco comandado por Eduardo Coudet. Com isso, Paolo Guerrero precisa de alguém para correr do seu lado. Sem boas atuações dos jogadores que foram escalados como parceiros, o peruano foi facilmente neutralizado pelas defesas adversárias ao longo do ano. Mais de uma vez se percebeu a irritação do atacante por não conseguir render o que poderia. Seus 35 anos de idade inevitavelmente influenciam na capacidade física. O 2020 do Inter passa por um parceiro de ataque para Guerrero. Por enquanto, a direção ainda não anunciou nenhum jogador de frente — além da renovação de D'Alessandro.
Um pensador do jogo
O Inter e os colorados se acostumaram com D'Alessandro, desde 2008 uma liderança moral e técnica no elenco. Diversos outros meias já passaram pelo Beira-Rio na tentativa de moldar um substituto herdeiro. O sintoma do fracasso nessas tentativas é que D'Ale segue como referência do time principal. Muito se esperava de Sarrafiore, porém o garoto se mostrou mais como atacante do que como pensador do jogo. A meia-cancha e o torcedor colorado merecem um novo articulador que distribua passes promissores como D'Alessandro faz.
Apostar na base
O time sub-20 foi campeão do Brasileirão de Aspirantes com uma campanha quase perfeita. A trajetória invicta terminou com vitória nos pênaltis sobre o Grêmio, com gol de Pedro Lucas, atacante já aproveitado no time principal. Revelações das categorias de base trazem novos ares para o time e também podem significar dinheiro entrando na conta do clube. Talvez o articulador possa ser João Peglow, camisa 10 da seleção campeã mundial sub-17, ou o parceiro de Guerrero seja o meia Netto, em uma função mais adiantada. O celeiro de ases pode voltar a fornecer material humano para o Inter — porém é preciso apostar na gurizada.