Zé Ricardo chegou e demonstrou estar bem consciente do que lhe espera aqui, no Inter. E acertou ao deixar claro que não ocorrerão mudanças bruscas no time, devido ao pouquíssimo tempo que terá para trabalhar. Tenho convicção de que sua contratação foi efetivada muito pela relação que tem com Rodrigo Caetano. Relações pessoais são determinantes para a conclusão de negócios difíceis.
O treinador, a diretoria e a torcida sabem que não se faz milagre em tão pouco tempo, assim como todos também sabem que este grupo do Inter já entregou muito mais do que está entregando agora.
Para ele, se os objetivos não forem alcançados, ninguém vai poder culpá-lo de nada. Mas, se ele conseguir reencontrar o futebol de um time que terminou o primeiro turno no G-4 e que chegou à final da Copa do Brasil, quem sabe, ele pode ter continuidade no ano seguinte. Resumindo: Zé Ricardo não tem nada a perder.
O que ele e o Inter precisam
Serão apenas 11 jogos para o Inter conquistar uma das vagas à Libertadores de 2020. Tirando o Flamengo — que está disparado na frente da tabela e já é o virtual campeão — os outros times que disputam o G-6 estão longe de apresentarem regularidade.
Mesmo com a derrota para o Vasco, não saímos da sexta colocação ao final da 27ª rodada e estamos a apenas dois pontos do Corinthians, o quinto colocado do Brasileirão. Dos 33 pontos que temos a disputar, 18 nos garantem vaga no G-6. E nunca é demais relembrar que, caso o Flamengo vença a Libertadores, o G-4 vira G-5.