Em quase todos os clássicos, a arbitragem é motivo de discordância. No clásso Gre-Nal 421, não poderia ser diferente. Imediatamente após a escala ser divulgada pela CBF e apontar o comando de Anderson Daronco, os clubes se manifestaram sobre o assunto.
Na última quinta-feira (18), durante a Confraria de Pedro Ernesto Denardin, no Show dos Esportes da Rádio Gaúcha, o Inter adotou tom de protesto pela decisão. Adauri Silveira, direito de futebol do clube, não vê o problema com o próprio apitador do jogo, mas com o fato de não ter sido apontado um árbitro que não seja gaúcho para a partida.
— Estamos estranhando. Achamos que o nosso Gaciba (Leonardo, chefe de arbitragem da CBF) está dando muita sopa para o azar. Ele está colocando alguns árbitros, ele colocou o árbitro de ontem (quarta, jogo contra o Palmeiras), que é um árbitro que participa de várias confusões ao longo da carreira, estava no jogo de ontem e fez a confusão. A outra coisa é colocar um juiz gaúcho em campeonato nacional. Isso não vinha acontecendo há bastante tempo e, agora, se coloca um árbitro gaúcho. O (Anderson) Daronco é um árbitro preparado, é um excelente árbitro, é Fifa, mas a discussão não é o Daronco, a discussão é um árbitro gaúcho. A gente não precisa puxar essas coisas — opinou Adauri.
Para ele, foi criado um critério em Campeonato Brasileiro nos últimos anos que não foi seguido. Em 2018, Wilton Pereira Sampaio e Péricles Bassols comandaram os clássicos pelo torneio nacional.
— O Inter preferia o que sempre vinha acontecendo no Campeonato Brasileiro: juiz de fora. Está fora da nossa pressão, chega aqui, apita e vai embora. Sabe que o Gre-Nal é um jogo diferente. Então, acho que o Gaciba tinha que dar uma olhada em seus critérios. A gente tem visto algumas arbitragens, principalmente onde o Inter está envolvido, que não são árbitros do mais alto quilate do futebol brasileiro. Não é o caso do Daronco, é só a questão de ser local. Acho que não precisa correr esse risco — finalizou, sobre o assunto.
Sobre o momento colorado, diante da classificação sobre o Palmeiras, Adauri garante que o clube segue focado nas três competições: Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. Segundo o dirigente, o problema estava há duas temporadas, quando os compromissos eram pela Série B.
— A gente trabalha no Inter para isso. Participando das competições, com possibilidade de ganhos, de títulos. O ruim foi a Série B, quando não tinha quase nada para jogar, ou era sábado e terça. Então, o bom é jogar, o bom é ter calendário, o bom é ter Copa do Brasil, é ter Libertadores. Um clube do tamanho do Internacional não pode ter apenas uma competição. Tem que ir para chegar à final de todas — destacou.