A camisa é pesada. Tricampeão mundial, o Nacional-URU é um velho conhecido colorado. As equipes já se enfrentaram em outras edições da Libertadores, incluindo 1980, quando o os uruguaios, guiados por Hugo de León, conquistaram o segundo de seus três títulos continentais. Em 2006, o cruzamento se deu pelas oitavas de final, com o Inter de Fernandão levando a melhor. Mas, desta vez, os personagens serão outros. Porém, a escola uruguaia estará bem representada: defesa sólida, bola aérea e contra-ataques.
Vice-campeão nacional em 2018, o Tricolor de Montevidéu caiu direto no Grupo E. Com quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota, classificou-se em segundo lugar, com o mesmo número de pontos (13) que o líder Cerro Porteño, deixando para trás Atlético-MG e Zamora. Terminou a fase com apenas dois gols sofridos, tendo a segunda melhor defesa da competição (atrás apenas do Palmeiras de Felipão). Ao mesmo tempo, nunca marcou mais do que um gol nas seis rodadas da fase de grupos.
— O time sempre joga no contra-ataque, ainda mais na Libertadores. O Nacional espera atrás. Quase sempre, o Bergessio (centroavante, goleador da equipe com três gols) fica sozinho na frente e buscam a ele para depois começar as jogadas — atesta o jornalista Diego Albornoz, da Rádio Universal.
Em referência à fase anterior, o clube se desfez de cinco atletas, mas apenas um era titular: o zagueiro Marcos Angeleri, ex-Estudiantes, que foi para o Argentinos Juniors. Em contrapartida, agiu rápido para repor as saídas. Chegaram o goleiro Sergio Rochet (contratado junto ao Sivasspor, da Turquia), o zagueiro Hugo Magallanes (do Cerro Largo), o meia argentino Pablo Barrientos (que estava no Toluca, do México) e os atacantes Rodrigo Pastorini (Montevideo Wanderers) e Cristian Duma (do Douglas Haig, time da terceira divisão argentina).
Ao contrário do Inter, a equipe entrou em campo apenas duas vezes após a retomada da Copa América — as duas jogando com titulares. Na semana passada, no Parque Central, perdeu para o Defensor Sporting de virada por 2 a 1. No último domingo (21), fora de casa, bateu o Danubio pelo mesmo placar. Para quarta-feira, o técnico Álvaro Gutiérrez pode repetir a escalação, mas ganhou dúvidas de última hora, já que dois jogadores deixaram o gramado se queixando de dores musculares: o goleiro panamenho Luis Mejía e o volante Rafael García. Ainda assim, caso não se recuperem, devem ser substituídos por Rochet e Cardaccio, respectivamente. Uma provável equipe teria: Luis Mejía; Guillermo Cotugno, Guzmán Corujo, Felipe Carvalho e Matías Viña; Rafael García e Gabriel Neves; Matias Zunino, Gonzalo "Chory" Castro e Kevin Ramírez; Gonzalo Bergessio.
— Os principais jogadores são Neves, Castro e Bergessio. Neves é o encarregado de começar a jogada pelo chão, Castro é o armador e Bergessio o finalizador. O jogo aéreo pode ser uma arma importante com os zagueiros Carvalho e Corujo. Pelos lados, tanto Zunino como Ramírez são rápidos, mas não finalizam bem. Também existem algumas alternativas no banco, como o experimentado Álvaro "Palito" Pereira (ex-São Paulo) e o meia Lorenzetti (ex-Universidad de Chile).
Confira as mudanças no plantel do Nacioanl-URU:
Quem saiu
Esteban Conde (Banfield, da Argentina): goleiro
Marcos Angeleri (Argentinos Juniors, da Argentina): zagueiro
Axel Müller (Montevideo Wanderers): lateral
Octavio Rivero (Santos Laguna, do México): atacante
Facundo Labandeira (sem clube): atacante
Quem chegou
Sergio Rochet (Sivasspor, da Turquia): goleiro
Hugo Magallanes (Cerro Largo): zagueiro
Pablo Barrientos (Toluca, do México): meia
Rodrigo Pastorini (Montevideo Wanderers): atacante
Cristian Duma (Douglas Haig, da Argentina): atacante