Na primeira coluna do ano, vou falar sobre chegadas e partidas. No futebol, isto é muito comum. Não raro os jogadores que chegam renovam esperanças dos torcedores, fazendo com que os que partem sejam praticamente esquecidos. As exceções são aqueles jogadores que deram muitas alegrias e ficam na memória afetiva.
Com os técnicos não é diferente. Sempre que abre uma vaga (e isto acontece muito no futebol brasileiro), os nomes que encabeçam a lista são, invariavelmente, de treinadores que já passaram pelo clube. Chegadas e partidas são, portanto, fatos importantes da vida.
Vejam eu: no mesmo dia em que recebi, para a virada do ano, meu melhor amigo, que estava desde junho nos Estados Unidos, partiu meu outro melhor amigo, o Tobias, um york de 17 anos, que corria pra perto de mim sempre que eu assobiava o hino do Inter.
Com meu amigo de volta, recupero a companhia para assistir aos jogos no Beira-Rio e a alegria de ter alguém com quem posso discutir todo o tipo de assunto. Com a partida do Tobias, perco a presença, mas fica a memória de quase duas décadas de convivência e companheirismo com um pequeno grande cachorro, que viveu 17 anos, fugiu e voltou umas quatro vezes, teve 11 filhotes e deu, a mim e a minha família, muitas alegrias.
O velho Colorado
Foi o Tobias, voltou o Tulio. Espero que isto aconteça com o Inter. Que possamos dizer adeus ao inter de 2016 e saudar de volta o velho Colorado de guerra.