Observando a partida de ontem entre Real Madrid e Al Jazira, ficou reforçada minha tese de que não existe mais favoritismo matemático, principalmente num torneio que vale o título mundial. É óbvio que o time espanhol tinha muito mais técnica e possibilidades de chegar à vitória, mas o que se viu em campo foram inúmeras dificuldades para furar o bloqueio adversário, além de escapadas em contra-ataques dos árabes.
Não foi nada fácil para o Madrid, assim como fica escancarada a real possibilidade de o Grêmio vencer a partida no sábado. Futebol é bonito, também, por estas coisas. Quem poderia supor que o Internacional, que venceu com enormes dificuldades a semifinal em 2006, pudesse suplantar o grande Barcelona? Será um jogo muito difícil para o Grêmio, mas Renato tem todas as condições de armar uma arapuca para o grande Real Madrid.
Alguns devem estar perguntando o porque de eu falar no tradicional adversário aqui, numa coluna dedicada aos colorados. Respondo dizendo que: assim como na conquista recente da Libertadores, os jogadores, dirigentes e torcida do Grêmio voltaram suas flautas para o Internacional, seus jogadores e torcida. Nós, colorados, também sempre colocamos em primeiro lugar a rivalidade local.
Sempre seremos assim
Parece estranho, mas é assim desde a Guerra da Cisplatina, passando por Revolução Farroupilha, Revolta Federalista e Revolução de 1923. Temos a vocação de dois lados distintos.
Ainda bem que agora as armas são flautas. Não faz muito tempo, era muito mais violento. Somos gaúchos e aqui sempre foi e será assim. Viva o futebol!