Se o Inter confirmar a troca de Camilo por Brenner, podemos dizer de antemão que se trata do negócio do ano feito no Beira-Rio. Camilo é o meia que falta ao grupo desde janeiro. Um jogador de qualidade, capaz de organizar o jogo e dar velocidade, exigências para um armador nos dias atuais, de futebol com pé no fundo do acelerador.
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Brenner está longe de ser um centroavante desprezível. Quem faz 13 gols em 12 partidas é porque tem algo a oferecer. A questão é que ele parece ter sentido o peso da camisa e a concorrência por lugar no time. No sábado, completou 100 dias sem colocar uma mísera bola na rede. A última vez foi em 6 de abril, contra o Cruzeiro, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Joga contra ele uma reprise do ano passado, quando começou o Gauchão pelo Juventude empilhando gols, mas se lesionou e perdeu o restante da temporada.
A vinda de Camilo dará a Guto Ferreira mais do que uma alternativa a D'Alessandro, de atuações apagadas e com visíveis sinais de cansaço pela sequência dura de partidas. A mobilidade de Camilo permite até que eles joguem juntos, se necessário.
Se fechar esse negócio, a direção do Inter dá um grande passo para, enfim, colocar o time na esteira da Séria A. Até agora, os reforços ofensivos trazidos tinham como característica jogadores de velocidade, para jogar no espaço livre. Só que na Série B, não há esse espaço. É preciso criá-la. Para isso, a vinda de um meia é providencial.