Quatro décadas atrás, as direções de Inter e Flamengo confirmaram a venda do meio-campista Paulo César Carpegiani ao clube carioca pelo valor de Cr$ 5,4 milhões. O pagamento foi dividido em duas parcelas, uma de Cr$ 3 milhões, paga na semana seguinte à da contratação, e outra de Cr$ 2 milhões, cujo repasse foi acertado para o dia da estreia de Carpegiani no Rio de Janeiro, prevista para o início de abril de 1977. Ficou decidido que o Flamengo também repassaria uma cota de Cr$ 400 mil quando o ex-colorado disputasse a sua primeira partida.
Ao lado do vice de futebol Carlinhos Niemeyer, Carpegiani assinou contrato por dois anos, com salário de Cr$ 60 mil mensais, o mesmo valor que Zico recebia.
– Estou muito satisfeito em ter acertado com o Flamengo. É um clube grande como o Inter, e o negócio foi ótimo para mim. Espero que tenha sido para o Flamengo também. Estou com 28 anos, uma idade para não perder uma chance como essa – disse Carpegiani em sua primeira entrevista para a imprensa carioca.
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Frederico Ballvé, presidente do Inter em 1977, declarou que o meio-campista não faria falta ao time, pois não disputou a maioria das partidas da temporada anterior.
– Ele (Carpegiani) não ajudou o Inter no Campeonato Brasileiro. Em 80 partidas disputadas, ele só participou de 13, e o time foi bem. Fomos octacampeões gaúchos e bicampeões nacionais sem Paulo César. Ele não faz falta – afirmou Ballvé.
*Pesquisa: Lucas Henriques