O Inter não precisará viajar até o Amazonas para estrear na Copa do Brasil. O Princesa do Solimões vendeu os direitos, e o jogo será em Cuiabá ou no oeste paranaense. Toledo e Cascavel mostraram interesse em pagar pela partida marcada para o dia 15 de fevereiro, às 21h50min. Ambos os locais são redutos com forte influência gaúcha.
A definição do local do jogo deve sair até quinta-feira. Nesta segunda, o presidente do Princesa do Solimões, Modesto Alexandre, enviou os documentos aceitando a oferta de venda do mando da partida para o empresário Roni, ex-atacante do Fluminense e do Goiás. Conversei por telefone com Modesto, que explicou a decisão de jogar fora do Amazonas e longe da torcida.
– No nosso estádio, em Manacapuro, só para consertar a iluminação, gastaríamos R$ 32 mil. Teria de buscar mais laudo de bombeiros e alguns outros ajustes. Daria uns R$ 40 mil. E a prefeitura não tem esse dinheiro e nem se manifestou – explicou.
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O próprio Modesto se antecipou e descartou a Arena da Amazônia, palco da Copa de 2014. Perguntei o motivo. Ele foi direto.
– Para cada 3 mil ou 4 mil pessoas, é preciso uma ambulância. Cada uma, custa R$ 2,5 mil. Não tenho esse dinheiro. Nem disposição de pedir para o governo, ficar correndo atrás, me humilhando. A torcida vai entender que jogar fora do Estado é o melhor para o clube.
O melhor para o clube é a garantia com a cota de quase dois meses dos custos do Princesa do Solimões. Roni pagará ainda todos os custos da viagem e da estadia no local do jogo. Uma oferta, conforme o presidente, que viabiliza o clube. Como só poderá levar 18 jogadores na delegação, é com esse número que o técnico Alberone de Souza trabalha para enfrentar o Inter. Quando precisa fazer um coletivo, usa atletas da região que participam de um peneirão para completar o grupo que disputará o Campeonato Amazonense.