Não é gratuita a liderança que Seijas começa a exercer no vestiário do Inter. O meia tem origem e formação que destoam do padrão do jogador de futebol. Filho de um ortodontista peruano e uma empresária venezuelana, só decidiu enveredar para o futebol a partir dos 14 anos. Até essa idade dividia seu tempo entre o golfe e o tênis, onde despontava como promissor. Mas se saía bem também no futebol. Tanto que em seguida passou a ser chamado para a seleção venezuelana sub-15. Fez carreira na Viñotinto, como a equipe é chamada pelos torcedores, sendo destaque no Sul-Americano Sub-20 de 2005, na Colômbia – o mesmo em que o Inter descobriu Rentería.
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Com 16 anos, Seijas desistiu de bolsa de estudos na Penn State, Universidade da Pensilvânia. Jogaria na equipe da universidade com o direito de escolher o curso. Recusou. Queria ser jogador de alto nível. Seijas é o mais velho de três irmãos. Luiz Roberto, o Checho, 27 anos, também é jogador. Lateral-esquerdo, atua no Mineros de Guayana.
A liderança e o nível intelectual de Seijas chamaram a atenção já na primeira visita ao Beira-rio. Na ocasião, chegou com a mulher e filho para assinar contrato e conhecer a cidade. O primeiro ato foi alugar apartamento. Um dirigente se assustou com o valor. Ele reagiu: o importante era a família estar bem instalada, para ele se concentrar em buscar o sucesso em campo. Ao que parece, a fórmula deu certo.