Tenho defendido Argel, mas não é por achar que o treinador do Inter esteja entre os melhores. Na verdade, Argel integra o grupo que congrega a maioria dos técnicos brasileiros. Não é melhor e nem pior. Logo, substituí-lo dificilmente significaria avanço.
E responsabilizá-lo pelos tropeços do Inter é uma gigantesca injustiça. Dizem e o fazem apenas para sustentar teses contra o treinador, que Argel muda demais a escalação e o esquema tático. Garimpei as escalações do Inter desde o jogo tido como glorioso contra o Atlético-MG. Sabem o que encontrei? Explico nos tópicos seguintes:
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Esquemas
Nos últimos seis jogos, incluindo a última vitória contra o Atlético-MG, Argel só não repetiu o esquema tático com dois volantes, uma linha de três armadores e um atacante uma única vez. Aconteceu no Gre-Nal. Nos demais jogos, o esquema foi mantido. Tese detonada.
Escalações
Neste conjunto de jogos com maus resultados, a escalação só foi mudada por lesões, suspensões e deficiência física e técnica. Nenhuma mudança se deu por capricho do treinador. Tese detonada.
Volante
Desabou sobre Argel e equivocada crítica de que não escala Rodrigo Dourado na sua função original, pela qual foi convocado para a seleção olímpica. Ora, Dourado foi escalado na função de primeiro volante em três jogos: Atlético-MG, Figueirense e Botafogo. O Inter venceu o primeiro jogo, melhor da equipe no campeonato, e sofreu as outras duas vexatórias derrotas. Como primeiro volante, pois, Dourado teve uma vitória e duas derrotas. Tese detonada.
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